domingo, 21 de novembro de 2010

Desapegue-se... Desfaça-se... Renove-se....

Fim do ano chegando, e já começamos a ouvir aquele papo... ano novo, vida nova... tempo de renovação... desapegue-se do velho, abra sua mente para o novo... mimimi espírito natalino, solidariedade... aquele papo de campanha publicitária de todo fim de ano. Aí vem um monte de pseudo-intelectuais falando que é tudo bullshit pra estimular o comércio, assim como todos os outros feriados. Mas será que é tudo mesmo um monte de merda? Ou é só preguiça de analisar a essência do que está sendo dito? Lógico que querem estimular o comércio, é o trabalho deles... mas por trás do marketing implícito, tem uma mensagem que é válida.
Você. É, você aí, lendo isso, certeza que tem pelo menos uma gaveta em casa, entulhada de coisas que tu não usa mais. Cosias velhas, com cheiro de guardado, que estão onde estão faz meses, ou anos. E que guarda simplesmente porque "custou dinheiro", e você tem pena de por fora. Acha que pode ser que um dia precise, ou venha a usar. Mas você não usa, nem vai usar, nem lembra que existe. E só parou pra pensar nisso porque tá lendo isso aqui.
Já parou pra pensar que tem muita gente por aí que faria um uso muito melhor das suas coisas, do que o fundo do seu armário? O seu armário não precisa das roupas que você não quer mais. E nem você. Então, desapegue-se! Esvazie seus armários e separe as coisas que gosta e usa, daquelas que estão paradas a mais de um ano. Você vai "descobrir" coisas que não via mais a um tempão, e nem lembrava que ainda tinha, que ainda existiam. Na dúvida se vai usar depois ou não? Prove! Vista-se com o que encontrou e veja o resultado. Gostou? Vai usar? Não? Descarte.
Ora, você não vive falando pra sí mesmo que não tem lugar pra guardar suas coisas, que seus armários estão uma bagunça, e cheios, embora você vista sempre as mesmas peças? Então, tire tudo pra fora! Fique apenas com o que gosta, com o que é util! O que é inútil pra você pode vir a calhar muito bem pra outra pessoa. 
Fiz isso hoje. Encontrei nada menos que vinte e uma camisetas, uns 3 ou 4 moletons, duas ou três calças, uma saia, entre outras coisas. Eu não fazia idéia de que tinha tanta coisa assim ocupando espaço. E a maioria eram coisas que eu deixei lá, na ultima limpa que fiz, a cerca de dois anos atrás. Deixei porque achei que ainda poderia usar, porque servia, embora eu não gostasse muito. Não usei. Hoje encontrei lá, dobradas e guardadas exatamente do mesmo jeito que deixei naquele tempo. Aí eu me pergunto, se eu já não usava a dois anos atrás, nem antes disso, nem usei nesses últimos tempos, porque diabos eu vou continuar guardando? Naaaaaaaaah... juntei tudo e botei numa sacola, pra levar pra doação. Tá ali separadinho, amanhã dou um destino pra elas. Agora pensando... eu devia fazer o mesmo com calçados. É, bem lembrado... vou fazer uma limpa nos calçados também. 
Então, é isso... já conseguiu puxar pela memória e lembrar de várias coisas que poderia se desfazer? Aproveite, hoje é domingo, dia tedioso... dia de não fazer nada?Não... dia de separar suas coisas e dar um destino legal pra elas! Você vai se sentir legal depois... vai por mim... 8D

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Complicações...

Olá.. \o
Passou mais tanto tempo que nem vou fazer comentários sobre segundo turno das eleições ou whatever, do ultimo post... águas passadas, bola pra frente que o futuro nos aguarda...
Hoje vim blogar sobre outra coisa, que nem sei por onde começar, direito... o fato é que passei vários e vários dias nervosa, preocupada, angustiada... enfim... impasses... dilemas da vida, as vezes a vida põe a gente à prova e nos dá dois caminhos. Escolher um deles infelizmente implica em desistir do outro. E quando queremos seguir pelos dois, isso nos corroe por dentro, a expectativa, a cobrança por uma decisão, a tentativa desesperada de encontrar um meio termo. Tentativa desesperada de não magoar ninguém. E as vezes quem se magoa somos nós.
As vezes a gente encontra o meio termo. As vezes, a gente é forçado a tomar uma decisão que não queria, porque é o que parece politicamente correto. E as vezes, a gente dá a cara a tapa pras críticas alheias e faz o que realmente tem vontade, mandando o politicamente correto pra puta que pariu.
E era o que eu estava decidida a fazer, depois de muito pensar.. dias... decidi mandar o politicamente correto pra puta que pariu, afinal, a vida é minha e de mais ninguém, então ninguém melhor do que eu pra me dizer o que eu devo fazer dela. Quem vive ela sou eu, logo, cabe somente a mim decidir que rumo tomar. Foda-se o que os outros pensam ou te dizem pra fazer, mesmo que os outros sejam a própria família.

O fato é: desde que eu comecei esse blog, não.. antes disso ainda, quem lê acompanha a minha constante busca por emprego, constante desânimo com isso, constante cobrança, e idas e vindas, muitas entrevistas e incompatibilidade de horários depois, continuo desempregada a mais de dois anos. E o fato é que quando o fim do ano vai se aproximando eu vou desacelerando a minha busca por trabalho. E esse ano, mais do que nunca, eu tive motivos pra isso. Quem acompanha o blog também sabe, que na metade do ano tive o mês mais lotado de carga emocional da minha vida. E que estou sobrevivendo esses 6 meses apenas esperando o momento em que vou poder ter isso de novo. Sobrevivendo, me mantendo em pé e olhando em frente, fixa em um objetivo, que está logo ali, na minha frente. E agora, a menos de um mês, depois de ter segurado a barra, a saudade, durante tanto tempo, de ter feito tantos planos, e sonhado inúmeras vezes com esse momento, de repente tudo parecia arruinado. Pelo menos de um dos lados.
Eu tinha uma possibilidade de conseguir um emprego. Tinha uma indicação para uma vaga em aberto. E deixei passar. Entrei em um dilema, e decidi que eu não ia ficar feliz agindo de outra forma. Aí apareceu outra oportunidade, outra indicação, mas dessa vez era indispensável! Essa indicação surgiu de dentro da minha própria casa, recusar implicaria em brigas diárias e em um clima pesado. E logo quando aparece a melhor oportunidade que tive em mais de dois anos, pela primeira vez, tinha uma coisa que eu queria mais do que esse emprego. E não queria ter que abrir mão disso. Não queria ter que magoar ninguém, podar expectativas, acabar com sonhos. Não queria decepcionar ninguém. Optando pelo emprego, teria de desistir do que promete ser o fim de ano mais.. mais... mais foda, mais maravilhoso, mais esperado. Optando pela viagem, teria que deixar passar um emprego que estive procurando a tanto tempo.
Aí entra o comentário que fiz antes, sobre mandar o politicamente correto pra puta que pariu. O politicamente correto, seria aceitar o emprego sem pensar, afinal já não sou mais uma criança que pode viver tranquilamente às custas dos pais. Mas á minha vontade é.. bem... vocês sabem.

Eis que aos 45 do 2° tempo, ao que tudo indica, eu encontrei o meio termo... uma forma de fazer as duas coisas e não ter que decepcionar ninguém., e não ter que abrir mão de nada.... só limitar as datas, provavelmente.. bom, estou pagando pra ver, mas depois de muita angustia, estou feliz com isso, que parece a solução.

Voltaremos...