sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

It turns, and turns again!

Oi!
Então.. ééé... lembram daquele post à respeito de escolher um dos dois caminhos, emprego... viagem... meio termo? Então... eis o desenrrolar do emaranhado de informações....
Na entrevista de emprego, comentei que tinha uma viagem programada a muito tempo, pra início de Janeiro, e não teria como adiar. Que precisaria ficar fora durante duas semanas (tempo esse que não seria limitado, caso não tivesse surgido a possibilidade de trabalhar. Claro que isso eu não falei!), ao que a moça e o cara pra quem eu iria trabalhar me responderam que não haveria problema nenhum! Bastava não coincidir com as férias de uma outra funcionária. Achei que só podia ser um milagre, conseguir conciliar emprego e viagem, caso viessem a me chamar.
Pois bem, me chamaram pra fazer um teste de uma semana, pra ver se eu me enquadrava à vaga. Primeiras impressões: Eu tinha minha própria mesa, e meu próprio PC. O ambiente era legal, o pessoal era simpático. Os primeiros dois dias, passei arquivando pilhas e mais pilhas de papéis acumulados a sei lá quantos meses. Depois, planilhas e mais planílhas, notas fiscais, enfim... trabalho burocrático. Aí me passaram a central telefônica. Atender clientes, as vezes cobrando mercadoria que não foi entregue, as vezes querendo fazer mais algum pedido... a maioria eu ainda não compreendia do que se tratava, tudo muito novo, tava pegando o jeito das coisas. Passava a ligação pra pessoa designada, e seguia com minhas planilhas, notas e papéis.

Certo dia, a moça e o cara me chamaram pra conversar, e falaram que estavam gostando do meu trabalho, e estenderiam a minha experiência até o final do ano. Até então, eu só estava fazendo trabalhos para a moça
Um belo dia, o cara começou a me passar noções do que era o trabalho dele. Ele trabalhava para outra empresa, uma coisa completamente diferente da moça. Disse que ia me ensinar tudo por etapas, e que não havia problema que eu levasse tempo pra aprender a primeira etapa, desde que aprendesse bem, e quando passasse para a próxima, não restassem dúvidas na anterior. 
O cara, parecia um cara muito ocupado, sempre compenetrado no que estava fazendo, mal ouvia a conversa paralela do escritório, ou dirigia a palavra a alguém, a menos que quisesse pedir algo, como quem não quer ser interrompido. No mais, o ambiente era bem descontraído.
No dia seguinte, fiz meu primeiro pequeno trabalho para o cara, que consistia em organizar uma planilha. Até aí tudo bem, fiz o solicitado, conforme o que ele tinha me explicado no dia anterior, e enviei pro e-mail dele. Ele não falou uma palavra à respeito, nem que eu tinha feito certo, nem que tinha coisa errada, nem sequer que tinha recebido meu retorno por e-mail. Entendi o silêncio como uma confirmação de que estava tudo ok, e retomei o trabalho que estava fazendo pra moça.
No dia seguinte, o cara e a moça me chamaram pra conversar outra vez. A moça me disse que o meu trabalho, naquela parte burocrática, estava excelente, que eu havia excedido as expectativas dela, que aprendia as coisas muito rápido, terminava as tarefas na mesma velocidade, e fazia tudo com atenção. Cumpria os horários, e era inteligente. Disse que consegui pegar em 10 dias, o que a guria que trabalhou lá antes de mim não conseguiu aprender em 2 ANOS. Enfim, a moça encheu a minha bola. Pra depois esvaziar. Pois é.
Eis que chegou a vez do cara falar, e esse, concordou com tudo que a moça havia dito, mas havia um porém. Ele disse que eu não tinha um perfil comercial, que era um pouco tímida, que a carta de clientes dele incluía pessoas agressivas com quem eu teria que bater de frente sem perder a educação, e naquele momento eu não seria capaz de fazer isso. Teria que passar por um treinamento, e eles não tinham tempo pra me dar esse treinamento. Haveria períodos em que o cara precisaria viajar, passar longos períodos fora, e largar a batata quente na minha mão, e do jeito que eu estava no momento, eu não iria dar conta. Precisavam que eu estivesse pronta pra dar conta disso em pouquíssimo tempo, tempo esse em que acreditavam eles, que eu não ia conseguir, e sinceramente falando, eu também acreditava que não iria conseguir. 
Resumindo, a moça disse que não fazia sentido eu continuar trabalhando pra ela, se eles precisassem contratar uma outra pessoa pra trabalhar pro cara. Queriam uma funcionária, pra duas pessoas. Assim sendo eu estava dispensada.
E é isso, cá estou eu, sem emprego outra vez.
Porque? Bem... não sei, só sei que fiquei arrasada depois, achando que tinha falhado, que devia ter feito alguma coisa muito errada naquele único trabalho que fiz pro cara e re-encaminhei pro e-mail dele, porque foi a UNICA tarefa que eu fiz especificamente pra ele. Porque, em um dia me disseram que permaneceriam comigo até o fim do ano, e dias depois me dispensam, após um total de apenas 10 dias de trabalho? Eu tava aprendendo, sabe... fiquei chateada, mesmo! 

Depois que a poeira baixou comecei a tentar enxergar o lado bom da situação. Eu ainda ia viajar, e não teria mais que limitar o meu tempo. E teria a remuneração desses 10 dias de trabalho como um plus pra usar durante a viagem. E é isso! Ao que tudo indica, início de janeiro estou viajando sem prazo pra voltar... mas a parte boa desse fim de ano já começa... bem... hoje! Ou amanhã... enfim... estou feliz de novo. E com a consciência limpa, sei que fiz a minha parte, não deixei passar a oportunidade sem tentar, e me esforcei pra fazer tudo certo. Se não foi o suficiente pra eles, sinto muito, mas é assim que é. Até aprender todo o necessário, preciso de mais do que 10 dias. >.>