terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Absorvendo mudanças a doses homeopáticas

A vida. A vida tem dessas coisas mesmo. Um dia a gente reclama da rotina, reclama da falta de grana, reclama que ela não muda. Que ela parece que parou, sentou-se confortavelmente e lá permaneceu. Na zona de conforto. E se a zona de conforto não fosse de fato confortável, assim ela não se chamaria. A zona de conforto é o arroz branco, o pão com manteiga, é aquilo que não é a melhor opção do mundo, mas é gostoso, é ok, é uma escolha segura. Só que um dia você tem vontade de provar comidas que nunca comeu antes. E no caso de mudanças na vida, isso significa abandonar o pão com manteiga. E se o novo sabor não for tão "de casa" quanto? Mas ele parece tão atrativo... tão cheiroso...

Essa analogia com comida tá estranha. Acho que estou com fome...

2015 tinha tudo pra ser um ano "pão com manteiga". Assim foi 2014, e tinha tudo, absolutamente, para continuar assim. Eu mesma não esperava grandes mudanças. Não senti diferença nenhuma quando o ano virou, continuei na minha casa, na minha cama, fazendo as mesmas coisas, indo pros mesmos lugares, reclamando dos mesmos problemas. De 31/12 a 01/01, não houve nem cocegas.

Acho que a ultima grande mudança que ocorreu na minha vida foi em 2013, quando eu fiz as contas e percebi que conseguiria converter o meu salário em uma mensalidade do semestre da faculdade de fisioterapia. Segurem esse pensamento. 

Esse blog existe desde a época que eu saí do ensino médio, e meio que acompanhou todo o processo de tentativas e fracassos da minha vida acadêmica até então praticamente nula. Períodos de letargia, ingresso em curso aleatório só pra me sentir parte de algo (eu estudei publicidade e propaganda um tempo, alguém aqui lembra disso?), mais um pouco de letargia. E nesse meio tempo eu aprendi inglês. E depois de um tempo comecei a dar aulas de inglês. E enquanto isso eu fiz alguns vestibulares em vão, sem grandes esforços, novamente, pra me sentir parte de algo. Eu fiz enem não uma nem duas, mas quatro ou cinco vezes. Eu me inscrevi e não fui fazer a prova um ano desses. Eu dizia pra mim mesma que eu estava tentando. Eu fiz um ano de curso pré vestibular. Eu fui pra Campinas. Eu tentei conseguir uma vaga na Unicamp, pra fonoaudiologia, curso pelo qual eu novamente não demonstrava grandes paixões, mas queria me sentir parte de algo. Também não aconteceu. Eu tentei usar a nota de um desses enem(s) aí que eu fiz ao longo desses anos, pra entrar em uma universidade pública. Não consegui. Parecia que eu não estava me esforçando o suficiente. Parecia que por mais que eu dissesse pra mim mesma que estava me esforçando, não era suficiente.

Um belo dia eu peguei aquela matrícula da publicidade, trancada a anos, e resolvi transferi-la para outra faculdade, para outro curso, a fisioterapia. E esse foi o último "big step" que eu dei. E foi um passo grande e certeiro. Me apaixonei pelos conteúdos estudados, me apaixonei pelos professores, voltei a sentir sede pelo conhecimento, e fiz amizades que vou levar pro resto da vida. Aprendi coisas que jamais imaginei que um dia eu saberia. Voltei a me sentir desafiada, voltei a me sentir inteligente. Acordei da letargia. As pessoas me admiravam, me diziam que eu era inteligente. Tudo estava lindo. 
Na vida, uma coisa leva a outra, ela não para. Por mais que a gente tente se sentar e descansar confortavelmente na nossa zona, por um tempo, quando as coisas parecem ter alcançado um patamar agradável, a vida não nos deixa parar ali por muito tempo não. Ela vem e cutuca a gente avisando que é hora de levantar, que é hora de dar mais um passo.

Os semestres foram passando, as amizades se consolidando, a rotina se estabelecendo, e os reajustes de mensalidade sendo feitos, semestre após semestre. Até que em um dado momento, eu percebi que se a correnteza continuasse seguindo esse mesmo fluxo, em um futuro muitíssimo próximo o meu salário não seria mais suficiente para ser convertido em uma mensalidade do semestre do curso de fisioterapia. E eu ainda estava tão loooonge de me formar! 
Comecei a cogitar alternativas: eu poderia arrumar um emprego dentro da faculdade, o que me daria desconto na mensalidade. Mas pra isso eu teria que sair do meu emprego atual, deixar os meus alunos que gosto tanto! Ou eu poderia parar de estudar por um tempo e juntar uma pequena poupança. Essa alternativa pareceu pouco esperta, os reajustes ainda viriam, eu estudando por aquele período ou não. E pararia de saciar minha sede por conhecimento. Não parece uma boa opção. A alternativa perfeita seria uma bolsa de estudos, mas como conseguir? A única forma que a instituição disponibilizava, era através do Prouni. E pra isso eu teria que fazer o enem outra vez. Outra vez. Mas eu estava ficando sem alternativas, então... porque não? Porque eu não consegui uma vez? Ou duas? Ou três? Mas eu me sentia tão mais inteligente agora! Meu copinho de conhecimento estava meio cheio, não mais meio vazio. Me inscrevi e fiz a prova outra vez.

E aí os meses passaram, e a vida seguiu sua rotina. Vocês sabem como essas coisas funcionam, a nota demora meses pra sair. Quando o resultado finalmente saiu, a minha média ficou acima da média nacional. (sempre é, mas nunca pareceu o suficiente). Eu resolvi que já que tinha feito a prova de novo, eu ia tentar fazer absolutamente tudo que fosse alternativa com essa nota. Ela era a minha única saída. Não só tentaria conseguir uma bolsa de estudos integral pelo Prouni na faculdade particular em que me encontrava, como também faria inscrição no Sisu, que é um programa que disponibiliza algumas vagas em universidades públicas, classificando os candidatos inscritos pela nota obtida no enem.

Me inscrevi no Sisu, e joguei os dados. Fiz as minhas apostas mais altas: UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre), que recentemente foi avaliada como possuidora do melhor curso de fisioterapia do Brasil, e UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) também em Porto Alegre, que é o sonho de consumo de todo bom estudante gaúcho. Não custa tentar, né? Porque não?

Fiquei acompanhando as notas de corte diariamente, quando eram atualizadas. A minha média estava acima da nota de corte. De ambas as universidades. Eu não conseguia acreditar no que os meus olhos estavam vendo, mas resolvi não colocar muita expectativa, mais pessoas poderiam se inscrever ainda. Mais pessoas com médias melhores, que poderiam jogar a minha para uma posição mais abaixo. No penúltimo dia de inscrições, eu ainda estava dentro. E quando as inscrições terminaram e eu achei que finamente saberia o resultado final... ele só seria divulgado dali uma semana.

Passei essa semana tendo pequenos ataques de pânico. Nessa mesma semana, reencontrei amigos queridos da faculdade. E fomos pra Porto Alegre no show do Foo Fighters. Eu tava com um pressentimento bom, de que aquela cidade me traria coisas boas. A cidade já estava me fazendo feliz, com aquele show. Cês leram o post que vem antes desse, não leram? Então, foi um dia surreal. E depois disso eu continuei esperando. Achei que até o prazo final com certeza mais alguém se inscreveria. Com certeza eu cairia pra lista de espera. Mas VAI QUE alguém desiste da vaga, e me chamam à partir dessa lista, né? Vai que... eu tinha um fiozinho de esperança.

Hoje, eu recebi um e-mail com a seguinte mensagem:


QUÊ?

Fui conferir o meu boletim e... 



Eu fui aprovada na primeira chamada. Na UFCSPA. No melhor curso de fisioterapia do país.
Eu vou estudar de graça! Eu não vou mais ter que converter meu salário em mensalidades!
Eu também não vou mais ter um salário, porque vou ter que deixar meu emprego. E minha atual faculdade. E meus amigos. E minha casa. Vou deixar essa cidade pra trás. E ser chutada sem cerimônia alguma, pra fora e bem pra longe da minha atual zona de conforto. Chegou o momento do próximo "big step" dessa velha resmungona chamada vida, ela, que não nos deixa ficar parados. Deu pra ti, baixo astral. Vou pra Porto Alegre, tchau!

Eu ainda não absorvi totalmente a mudança. Estou absorvendo aos poucos, a doses homeopáticas. E tentando não ter um ataque de pânico, nem me sentir desnuda e vulnerável. O prazo para a matrícula é curto, então imediatamente (assim que consegui parar de tremer e chorar e olhar fixamente para o meu nome na lista de aprovados) comecei a reunir a documentação necessária para a matrícula. Fui até a minha atual faculdade cortar o vínculo, cortar o cordão. Fui até o meu trabalho conversar com o meu chefe sobre a minha eventual mudança de cidade e incapacidade de continuar trabalhando ali. Fui tirar fotos 3x4 atualizadas. Desencavei o meu histórico escolar do ensino médio, para comprovar o fato de ter estudado sempre em escolas públicas. Recebi tantas, incontáveis mensagens de apoio, e abraços, e comentários, e ouvi muitas outras pessoas me fazendo perguntas que eu não sabia responder. Que eu ainda não sei responder. 

Onde tu vai morar? Com quem tu vai morar? Como tu vai se lovomover? E de noite, não é perigoso? Que turno tu vai estudar? Integral? Como tu vai trabalhar então? Como tu vai se sustentar?

Eu não sei. Eu ainda não sei de nada. Absolutamente. Cortei vínculos imediatamente com as pendências que tenho nessa cidade, de forma rápida e indolor, como quando se arranca um bandaid. Tudo de uma vez pra doer menos. Rápido, pra não dar tempo pra pensar em mais nada. Pra não dar tempo de desistir.

A única coisa que eu sei é que quando a vida te dá a oportunidade de estudar o curso que tu quer estudar, de graça, na melhor instituição do país, tu simplesmente vai. O resto depois se dá um jeito. Certas coisas, não se pode recusar. De certas coisas não se pode recuar.


ESSE POST do fim de 2014 é a prova do quanto eu estava insatisfeita, e precisando virar o jogo. Aí está, como eu mencionei que aconteceria... "uma hora o jogo vira"... pois bem, VIROU!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Foo Fighters South Ametica Tour - Sonic Highways - Porto Alegre - 21/01/2015 - EU FUI, CARALHOOOO!!!

MELHOR

SHOW

DA

MINHA

VIDA!

Isso resume.

Os ingressos já estavam comprados à cerca de 4 meses. Comprei o e-ticket online, aquele que tu imprime em casa. Perto do dia do show, fui imprimir meu lindo ingressinho e, como todos já deveriam saber, impressoras tem vida própria, e são muito temperamentais, de lua, e filhas da puta. Funcionam se querem, quando querem, Na maioria das vezes simplesmente te ignoram, ou gritam te avisando que não tem papel, que não tem cartucho, sendo que tá tudo devidamente abastecido. Juro procês, passei mais de meia hora tentando fazer aquela bosta funcionar até que:


Consegui imprimir meu ingresso!!!

Várias expectativas e ansiedade pré show, vazaram na internet possíveis setlists, baseadas no que a banda tinha tocado nos shows da Argentina e Chile. Montei minha playlist baseada nas coisas que vazaram e ouvi incansavelmente até o dia do show!!!


No meu twitter não se falava em outra coisa!!! Depois o assunto se dividiu entre show e Sisu. E depois conto a história do sisu, estou esperando desenrolar... mas eu passei dias RESPIRANDO Foo Fighters!!!!

Na véspera do show, eu não conseguia dormir de ansiedade!!! 
Expectativa pelo show, somada ao resultado do Sisu e imaginando possibilidades de me mudar pra Porto Alegre pra estudar, ainda esse ano. Coloquei os fones de ouvido e mais uma vez, fiquei viajando ao som de Foo Fighters, deitada na minha cama, no escuro, quando deveria estar dormindo. Peguei meu celular e comecei a twittar insanamente por volta das 4 da manhã. Em algum momento eu devo ter pegado no sono.

Quando acordei, peguei o celular de novo pra ver que horas eram e se eu não estava atrasada, mas meu celular não ligou. Como assim não ligou??? Eu acabei de tirar ele do carregador! Não sei, galere!  O telefone simplesmente morreu! Não funciona mais, não liga, não pega carga, não dá sinal de vida nem tentando acessar o modo recovery! Nada! Aquele celular que eu ganhei de um amigo... morreu!!!!! Como assim, cara???? Como é que eu vou ler meu whatsapp??? Como é que eu vou combinar com a galere os esquemas do show??? Como é que eu vou pro show sem telefone???? NOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!

Mãe, me salva!!! Me empresta o telefone que eu te dei (que era o meu antigo)!!!! PLEEAAASEEE!!!
Mãe é mãe, né! Emprestou. Catei o celular e, porra, eu não tenho o numero de mais ninguém, e cortei meu chip, não cabe mais nesse telefone. E agora???? Facebook, me salve!!!! "Pessoas, me passem seus números de novo!!!!" ok. Consegui me comunicar com a galere com quem eu ia pro show. NADA VAI ESTRAGAR MEU DIA!!!!! NEM A MORTE DO CELULAR! NEM A PERDA DE TUDO QUE TINHA NELE!!!

Devo ter dormido umas 3 horas no máximo, ao longo da noite. Fiquei com uma puta dor de cabeça fodida, mas NADA VAI ESTRAGAR MEU DIA!!! Manda um cefalium pra dentro e BORA PEGAR AS COISAS E SE ARRUMAR E PARTIU PORTO ALEGRE!!! 
Tudo na mão, encontrei a galere e fomos!

Chegamos em Porto Alegre por volta das 3:30 da tarde, encontramos um lugar pra guardar o carro e nos encaminhamos pra FIERGS! A fila tava gigante, mas tava organizada. Esperamos um tempão, mas não foi tão ruim assim! 


Selfies na fila pra entrar. DICA: não tirem fotos com a cara virada pro sol, não dá pra abrir o olho!!! Eu tentei, juro! E saí com essa cara de merda! HAUIHAUIAH


E óbvio que, devido à minha fotofobia, que não é fobia de fotos, mas sim olhos extremamente sensíveis à luz, fiquei com muito mais dor de cabeça depois. Tem uma foto em que eu apareço sentada no chão com as mãos no rosto, morrendo por dentro e torcendo pra dor passar. Mas ficou na câmera da minha amiga e, quando eu tiver o arquivo mostro pra vocês. Não que seja lá muito interessante, mas enfim... é só pra documentar o dia. MAS NADA VAI ESTRAGAR O MEU DIA!!!! VAMO LÁ, ALEGRIA! EU VOU VER FOO FIGHTERS, PORRA!!!! (mas vai embora, dor.. vai embora...)


Entramos no local do show, e nos posicionamos o mais próximo do palco que a multidão que já se encontrava la, e a nossa pista não-vip nos permitia. 


Meu ingresso dava acesso à área azul. Ficamos atrás da pista amarela, próximo ao fim da extensão do palco que dividia as duas pistas vip.

Essa era a vista do local que a gente ficou:

Parece bom, né?

O lugar estava excelente, dava pra ver tudo super bem! Enquanto todo mundo estava sentado no chão. Era umas 4 ou 5 horas da tarde. Duas bandas iam tocar antes do Foo: Comunidade Ninjutsu (desnecessário) e Kaiser Chiefs! Ficamos sentados no chão por um loooongo tempo, até começar o show do Comunidade, isso lá pelas 6 e pouco. Já tinha visto eles outras vezes, nos planetas atlântida que eu fui, e tava cagando pra apresentação. 
Quando entrou o Kaiser Chiefs, acho que lá pelas 7:30, a galera já se empolgou mais. Todo mundo de pé, e eu tive a infeliz constatação que do alto dos meus grandiosos 1 metro e 64 centímetros de altura, eu não veria muita coisa. Daí em diante eu fiquei praticamente o tempo inteiro na ponta dos pés, desviando o olhar das cabeças!

Ponto negativo de ir em shows na FIERGS: Não tem arquibancada. Devido à essa circunstância, achei o palco baixo. E os telões laterais estavam MUITO baixos também! Pra vocês terem noção, no auge do show houve momentos em que nem o telão eu conseguia ver!!!!

"AI EKA MAS QUEM MANDOU NÃO COMPRAR PISTA VIP!!!!!"

 Quem mandou nascer pobre e baixinha, né???? 

Mas então... COMEÇOU O SHOW DO FOO FIGHTERS!!!!

Nessa hora, não tinha mais dor de cabeça, não tinha mais problemas na vida, não tinha mais aflição, não tinha mais nada, só uma sensação maravilhosa! Cantei como se aquelas fossem as últimas músicas que eu ouviria na vida! Gritei como se eu não fosse mais ter voz! Pulei como se a dor nos meus pés não importasse! Levei empurrões, empurrei de volta (apenas um bêbado otário que achou que seria uma ótima ideia fazer mosh sozinho, empurrando todo mundo que tava ao redor dele. Levou umas cotoveladas de mim, e com certeza mais uns chega-pra-lá dos outros), consegui me enfiar mais pra frente e me afastar do bêbado otário, puxei papo com pessoas aleatórias que se mostraram extremamente simpáticas, fiquei com lágrimas nos olhos, e estou ainda mais apaixonada platonicamente pelo Dave Grohl!!!!

Quanto à banda, eu simplesmente não tenho do que me queixar! Começaram o show pontualmente, e tocaram tudo que eu esperava durante TRÊS HORAS DE SHOW!! 
Eles parecem (são) um bando de amigos se divertindo no palco, e tu, da platéia, se sente parte daquilo, se sente parte do grupo, como se fosse amiga deles, ali, se divertindo! O Dave... é puro carisma e simpatia, dá vontade de abraçar ele e não soltar mais! Dá vontade de sentar com ele numa mesa de bar qualquer e ficar conversando até amanhecer! Dá vontade de só agradecer por me proporcionar um dos dias mais felizes da minha vida!

Cada vez que ele pegava o microfone e começava a falar, eu ficava olhando, atônita, com lagriminhas no canto dos olhos. Depois virava prazamiga e traduzia tudo o que ele tinha acabado de dizer. Vou colocar um vídeo-exemplo aqui, do discursinho de final de show: 


Essa foi a última musica que eles tocaram, mas ao longo das 3 horas de show, tiveram vários momentos como esse, eu que tu vê que ele é um cara como a gente, um cara simplesmente foda, que eu adoraria conhecer de verdade! Em vários momentos, ele disse que aquilo tudo era incrível! E o calor da multidão de fato estava incrível! Quando terminaram de cantar Best of You, todo mundo continuou cantando a musica em coro, até que a banda ficou em silêncio só escutando a gente, e a câmera do telão focou no rosto do Dave e dava pra ver claramente que ele tava emocionado com aquilo! E passou aquela emoção pra mim, e meu deus gente, me abraça! Eu ainda tô meio em choque, ainda vejo esses vídeos tremidos que a galera postou no youtube e dá um arrepio, sabe? 

Não sei se vocês manjam "dos inglês", mas aí nesse trecho por exemplo, ele fala (em tradução completamente livre) que a platéia daqui é incrível, agradece a todos por estarem ali naquela noite, por acompanharem a banda pelos 20 anos de estrada, porque se não fossem os fãs, se não fosse por nós, eles não estariam ali hoje. Dá uma pausa pra... pensar... e diz que nunca... que não gosta de dizer adeus e que "não se preocupem, eu não vou dizer adeus ainda!" - e que ele sabe que vai nos ver de novo, porque eles vão voltar algum dia. E que ele realmente não sabia o que esperar quando chegou ali, que tava sentado nos bastidores e não sabia bem onde estava tocando, e nem sequer olhou pra fora, e aí uma pessoa que trabalhava ali falou pra ele que os ingressos estavam esgotados, tinham vendido tudo! E ele "SÉRIO?" -  "Sim, tem 37 mil pessoas lá fora" -  e ele ficou pasmo! "AH MEU DEUS, QUE LOUCURA! Eu não fazia ideia que era essa loucura! Então, obrigada a todos vocês!"

Quando o show acabou,  eu queria voltar no tempo e começar tudo de novo! Queria ficar ali pra sempre!!! Queria ter grana pra viajar e ver os outros 3 shows que eles farão no Brasil, em São Paulo, no Rio, e em Minas. Juro que se eu pudesse, se eu tivesse como, eu ia em todos, só pra sentir tudo que eu senti de novo!

Ainda estou atônita! Ainda estou sorrindo que nem idiota! Ainda estou com lágrimas nos olhos só de lembrar, só de escrever esse post! Passei ultima madrugada inteira assistindo todos os vídeos do show que encontrei no youtube, não importa se estão tremidos, não importa se o som tá ruim! Eu vi e ouvi ao vivo, eu lembro de cada palavra, e o calor daquele momento que eu vivi vai ficar dentro de mim pro resto da minha vida! Obrigada, Foo Fighters, por esse dia incrível!


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Ekinha boing boing

          Olá, minha gente querida!
          Hoje, no meu twitter, eu contei uma história pra vocês.
         Mas o twitter é muito limitado pra descrever certas situações, e essa em específico se encaixa perfeitamente nesse blog, então, venho por meio deste, compartilhar mais uma pequena tragédia cotidiana! EEEEEEEEE!

           Bom, como vocês já sabem, agora eu sou uma aluna assídua das aulas de spinning! Não só uma, mas duas vezes por semana, pode guardar uma bike pra mim que eu tô indo! E hoje não foi diferente. Quer dizer, foi, um pouco.

        Tá, deixa eu contar pra vocês... minha rotina das terças e quintas é chegar na academia mais cedo pra dar tempo de fazer meu treino de braço/peito/costas, e depois ir pro spinning. Até aí tudo belezinha.

          Cheguei na aula, sentei na minha bike e ok, a aula começou de fato. Pedala forte, coloca carga, pedala de pé, acelera...

          Estava eu lá, extravasando todas as minhas energias pedalando loucamente com suor escorrendo pela testa (e um parênteses aqui, já escorreu suor pra dentro do OLHO de vocês? Essa porra arde pra caralho!) quando de repente..................




        ...de repente eu senti que o meu peito direito estava balançando mais do que o normal. Fui discretamente ajeitá-lo no sutiã e percebo que a A ALÇA TINHA SIMPLESMENTE ARREBENTADO! O bojo tava solto e eu tava quase pagando peitinho, na fileira de bikes bem da frente!

        Por cima do sutiã eu vestia uma blusa branca beeeeeeem solta, com a gola canoa super aberta, daquelas que conforme eu pedalava, inclinada pra frente, a blusa ia subindo nas costas, tornando o decote da frente mais exposto.

          EITA PORRA, fodeu. 

          A aula tinha recém começado, tinha praticamente uma hora de pedalada pela frente, e um seio semi-protegido, contando apenas com a sua sustentação natural.

          E agora? Desisto da aula? Corro em desespero em direção ao banheiro mais próximo pra me esconder? NÃO! Porque meus amigos, aqui vos fala uma mulher perseverante!

          Prendi as costas da blusa dentro do short, pra parar de subir pra frente e descer o meu decote.

          Arrumei o bojo discreta e cuidadosamente, de forma a cobrir o seio e ficar no lugar coberto pela blusa.

          E pedalei o resto da aula com o braço rente ao corpo (como se tivesse levando algo debaixo do suvaco, tipo um termômetro, enfim...) tentando ter algum tipo de sustentação extra, e manter o bojo no lugar. O tempo inteiro de cabeça baixa, olho fixo no meu próprio decote pra ver se não tinha nenhum peito exposto pulando pra fora.

         Em um certo momento, eu reparei que a alça arrebentada na parte da frente, ainda fixa na parte de trás do sutiã, começou a sair pela manga da blusa! Ficou pra fora da manga, chacoalhando ao vento no ritmo das minhas pedaladas!

       Banquei a #phyna e agi como se nada estivesse acontecendo! Como se nada estivesse me incomodando, magina! Essa é a situação mais confortável do mundo!

       Terminei a aula, mas eu não sabia que a pior parte ainda estava por vir: O alongamento!!

          Oh não! Vou ter que afastar o braço do corpo!

      "Levanta os braços, entrelaça os dedos, bem pra cima" ... 
(alerta vermelho, peito desprotegido)

      "Agora entrelaça os dedos atrás, estica os braços, abre o peito" ...
(ALERTA VERMELHO!!!)

      "Abaixa, estica a perna e segura na ponta do pé" ...(peitos peitos peitos peitos)


          Nada de mais grave ocorreu, porque sou a ninja do disfarce. Eu acho. Ninguém falou nada, pelo menos...

          Sobrevivi!

          Quanto ao sutiã da alça arrebentada, não posso dizer o mesmo!



------------------------UPDATE EM 27/01/2015------------------------

E de eu contar pra vocês que aconteceu DE NOVO???? 
A mesma coisa, com outro sutiã!!!!!!!!! E pedalei a aula inteira assim, DE NOVO!!!!

Pelo menos dessa vez  blusa não era branca, nem gola canoa, e não ficou subindo.

Acho que preciso comprar sutiãs novos.....