terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Velho X O Novo

     Olá meus queridos e cativos leitores! Aqueles que conservo a algum tempo sabem das minhas lutas e fugas da academia, ao longo dessa jornada chamada vida. Já fiz posts relativos à academia antes, mas garanto que nenhum deles foi como esse.
     O fato é que como muita gente, coloquei entre as minhas metas pra esse ano aquele velho clichê de fazer exercícios regularmente, cuidar da saúde e perder peso. 
     Ano passado, em meio a todos aqueles perrengues emocionais e depressão, acabei perdendo 10kg ~do nada~. Ok, claro que não foi do nada, foi por causa do embrulho no estômago e do nó na garganta que não me deixavam comer. O fato é que emagreci. Não do jeito bom, mas ¯\_(ツ)_/¯

     Sabe qual é a prova vital de que essa fase depressiva passou? Ganhar aqueles quilos perdidos de volta. Mas cara, quem disse que eu queria eles de volta? Eu já tenho bem mais quilos do que preciso, eles realmente não estavam fazendo falta! 
     E aí resolvi que precisava fazer esse investimento por mim mesma. Investir tempo, energia e grana. E que esse sedentarismo da rotina de férias em que me encontrava mais uma vez, estava me matando aos poucos. E que não apenas no período de férias, deveria manter a nova rotina de exercícios mesmo quando a minha rotina de trabalho e faculdade voltarem ao normal. Ainda não sei como vou gerenciar o meu tempo e energia pra dar conta de tudo direitinho, mas sei que eu consigo!

     Enfim. O objetivo inicial desse post veio de uma pequena grande comparação. Afinal, em toda minha vida eu só tinha frequentado uma única academia. E eu já não aguentava mais ir naquela academia. Todas as vezes que parei de me exercitar e então voltei, voltei sempre para essa mesma academia. E ela não era a melhor academia do mundo.
     A academia que eu ia antes era barata, e unicamente por essa razão é que ela era a minha escolhida. Não que ser barato seja sinônimo de ser ruim... mas bem, essa era. 




     Os instrutores da minha antiga academia (haviam apenas 2) eram preguiçosos. Te passavam o treino no primeiro dia, depois nunca mais olhavam na tua cara. Ficavam sentados lá na sua salinha, conversando e tomando chimarrão. O dia inteiro. Todos os dias. "Procure sua ficha, siga o que está escrito nela." Ponto. Sempre a mesma coisa, nunca muda. "Se quiseres aumentar a carga, faça por si só quando achar que está muito leve."  Funcionava só de segunda a sexta, e fechava ao meio-dia.
     A estrutura da minha antiga academia era levemente precária. Os frequentadores disputavam as duas esteiras que estavam em melhores condições. As outras três eram meia boca, bambas, não inspiravam confiança. E as duas últimas... sempre inutilizadas, porque era preferível esperar alguma outra desocupar do que utilizá-las. 
     As bicicletas rangiam, e algumas não marcavam o tempo de exercício. Os aparelhos de abdominal eram enferrujados. A fachada era eternamente pichada. Tinha uma TV tubo 14' (daquelas bem antigas, caixa de madeira e tudo) pendurada em um canto, e ela não tinha controle remoto. E ninguém alcançava pra ligar. Quando alguém subia em alguma coisa pra ligá-la, só pegava a Globo. Mal e porcamente. 
     Os vestiários da minha antiga academia eram mal iluminados, revestidos por azulejos azuis-claros. Tinham alguns armários de aço, grande parte deles arrombados e com as portas entortadas, de forma que não mais se fechavam. Tinhamos que levar nosso próprio cadeado, e a academia não se responsabilizava por eventuais furtos. Eu não me sentia confortável deixando os meus pertences lá dentro.
Entre outros pequenos problemas.


     Só mensalidade dessa academia que estou frequentando agora, seria suficiente para pagar 3 mensalidades da minha antiga academia. Acha um roubo? Eu acho totalmente válido. E olha que comecei a frequentar essa academia nova tem 5 dias. 



     Minha nova academia é daquelas que tu passa na frente e dá vontade de entrar. Daquelas que, uma vez lá dentro, não dá mais vontade de sair. Quando o treino acaba, eu lamento e fico ansiosa pelo próximo, enquanto que na academia antiga eu praticamente pedia aos céus que acabasse logo, e voltava me arrastando no dia seguinte.
   A minha academia nova tem incontáveis instrutores, prestativos, simpáticos e uniformizados, que te acompanham e motivam ao longo de todo o treino, ajustam todos os aparelhos pra ti, e te alongam no final. A minha academia nova abre aos sábados e aos feriados. Não fecha ao meio-dia. Tem equipamentos modernos e super bem conservados. Tem inúmeras esteiras, padronizadas e excelentes. Tem diversas outras modalidades além da musculação e aeróbica, (como spinning, pilates, ginástica localizada, grupos de corrida, etc...) as quais ainda não tive oportunidade de experimentar.
     A minha academia nova tem vestiários amplos e bem iluminados, grandes armários com chave, duchas, espelho, pias com bancada, secador de cabelo e chapinha. Também tem um bar de lanches saudáveis e marombados. E tem TVs de plasma (TVs, no plural) de 40 e poucas polegadas em frente às esteiras. TV a cabo, e controle(s) remoto(s) às mãos dos frequentadores, que podem zapear pela programação tranquilamente enquanto correm ou caminham.

     Na minha academia antiga, nos exercitávamos ao som do mesmo cd da Ivete Sangalo, todos os dias. As vezes o substituíam por alguma música do momento, uma coletânea de "hits do verão", algo entre Naldo, Bonde do Rolê, algum sertanejo universitário ou forró. Ou simplesmente sintonizavam em alguma rádio local.
     Na minha nova academia, hoje mesmo me peguei cantarolando junto com as músicas que tocavam, dentre elas ZZ Top, The Doors, Strokes... enquanto corria na esteira.
    Você leu isso? Eu disse que estava correndo na esteira! CORRENDO! EUZINHA! NA ESTEIRA! Nunca na minha vida eu tive fôlego pra isso; (será que tem relação com eu ter deixado de ser uma fumante passiva? Minha mãe parou de fumar, então não preciso mais respirar aquela fumaça horrorosa...). 
Nunca na minha vida eu tive disposição pra tentar correr na esteira. Mentira, eu já havia tentado correr nas esteiras da minha antiga academia, mas confesso que tinha medo de cair delas, pois como já falei, eram pouco confiáveis, bambas, e algumas paravam sozinhas aleatoriamente. E minhas antigas tentativas não tinham passado dos 20 segundos. Hoje devo ter corrido por uma música inteira, ou duas, sei lá... só sei que estava com aquela sensação de "YES, I CAN!"
  
      No segundo dia, eu já estava com tanta dor muscular que não conseguia esticar meus braços, e não conseguia plantar os dois pés no chão sem escorrer uma lágrima de dor na panturrilha. No segundo dia, estava chovendo. E apesar da chuva, apesar da dor, eu fui pra academia! Mesmo assim! E saí de lá feliz da vida!
    A cada dia que saio de lá, espero ansiosamente pela hora que retornarei. Espero que essa sensação perdure! 
     Caras, estou feliz, e motivada, e determinada. Agora sim, caras. Agora vai!

(Imagens meramente ilustrativas. Fonte: Google Imagens)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Wreck This Journal

      Olá, pessoas! Hoje resolvi fazer uma coisa diferente: Uma indicação/resenha de livro. 
     Não faço isso a tanto tempo, que acho que nem concordo mais com as ultimas que fiz, alguns anos e gostos duvidosos atrás. Mas esse é um livro tão massa que até gente que não gosta de ler vai curtir.

   Então, eis que para os que ainda não o conhecem, vos apresento...



    
















                      
"Wreck This Journal", ou em bom português, "Destrua Este Diário".


"- Aaaaaai Eka, mas é um diário? Tu não disse que era um livro? Diário... que coisa mais de menininha!" - XIU! Deixa eu explicar!

     Wreck This Journal é um livro. Mas não é um livro comum. Não tem uma história, ou nada parecido. É um livro totalmente dependente de você, e de toda a perversão da sua mente doentia e destrutiva. É um livro com instruções. Instruções que podem ser interpretadas como você bem entender. Não há regras, essa é a regra.

   Instruções:
 1. Leve este livro para todos os lugares.
 2. Siga as instruções de cada página.
 3. A ordem não é importante.
 4. Interprete as instruções como preferir.
 5. Experimente. (contrarie seu bom senso.)

     Essas são as suas únicas instruções. 
     A foto ao lado aliás, é do meu. 
    Originalmente preto e branco, como todo o resto do livro... mas a idéia é essa!


     Mas então, porque "diário"?
    Na minha forma de interpretar, é um diário porque uma das instruções é que você carregue-o sempre junto, pra onde quer que vá. Manda você dormir com ele. Manda você levá-lo para o chuveiro. Sério. E também é um diário porque você vai levar dias e dias pra criar coragem de seguir todas as instruções dele, da maneira mais criativa/doida/doentia que conseguir imaginar. 
Então, é um livro, mas não deixa de ser um diário. Não um diário no qual você escreve coisas sobre o seu dia, mas um diário que te ajuda a não se entediar no dia-a-dia, te dando idéias inusitadas de coisas pra fazer.

     Também é um livro anti-perfeccionismo. Pra você, que tipo eu, é meio louco pelos seus livros, e quando compra um livro novo, lê o mesmo com todo cuidado do mundo, pra não amassar as páginas, dobrar a capa, ou destruir a lombada. 
     Pois bem, a instrução de uma das páginas é justamente essa: "destrua a lombada". Abra o livro até entortar, em todas as páginas. Vire a contracapa para o lado contrário. Deixe-o maleável a ponto de parar aberto na página desejada sozinho, sem apoio algum. Como um livro velho e muito usado.
    
     Há páginas ordenando que você as arranque, amasse, jogue fora e lide com a perda. Que você as fure. Cole-as. Grampeie-as. Ou que você as mastigue, jogue seu café nelas, use-as como guardanapo.      
     Mas também há páginas que te fazem extrair o máximo da sua criatividade. Páginas com instruções menos claras e mais intrigantes. Páginas que exigem a sua interpretação.

      Conheci o "Wreck This Journal" a não muito tempo, através de uma amiga, que ganhou de presente de uma amiga dela. Foi amor à primeira vista. É impressionante. As primeiras destruições dão uma sensação de euforia, de "eu nunca destrui um livro propositalmente na minha vida, porque isso é errado", mas veja esse aqui, me mandando destruí-lo! Rabiscá-lo! Rasgá-lo! Cuspi-lo! OMG!
     Comprei-o a menos tempo ainda, na volta da viagem doida que fiz nessas férias, enquanto rondava por aí esperando que passassem as mais de 6 horas entre um ônibus e outro. 

     Meu livro ainda é razoavelmente novo, então... das poucas coisas que já fiz, essa a minha favorita: Uma página onde tudo que temos é um círculo irregular impresso. E as seguintes instruções: 

                                                   "Pinte por fora da linha".



     Virei o livro de lado, e usei o círculo como base pra um dos olhos do que veio a ser uma caveira mexicana. Particularmente, gostei bastante da minha idéia. Mas essa foi só UMA idéia. Vocês alguma vez já pararam pra pensar nas infinitas possibilidades de desenho que são possíveis de serem feitos, partindo de um círculo? São MUITAS! O livro, que a princípio pode parecer bobinho, te leva a pensar sobre coisas aleatórias e a colocar sua mente pra trabalhar e extravasar todas as suas idéias e criatividade! Algumas instruções servem também para extravasar sua euforia, suas alegrias, sua raiva! É um desestressante mental. E essa é apenas UMA das instruções!
     
     Partindo desse raciocínio, dessa questão... de quantas possibilidades de desenhos podem ser criadas partindo de um círculo, resolvi googlear pra ver o que as pessoas ao redor do mundo tinham inventado. E os resultados ficaram incríveis! Vejam alguns que gostei (encontrados aleatoriamente no google):


Pode ser a lua!

Pode ser o sol!

Pode ser a bolinha de um cão!

Pode ser uma pintura aleatória. 

Em nenhum momento o livro especifica que precisa ser um desenho!
Você pode simplesmente pintar aleatoriamente por fora da linha!

Pode ser o que você quiser que seja!

Só pra finalizar, vou deixar pra vocês o vídeo de um carinha que levou a destruição desse livro totalmente a sério! Esse é só o primeiro, mas no canal dele no youtube tem uma série de continuações até que o livro fique completo... completamente destruído.




segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Nessas férias, aprendi que:


~> Uma viagem pode ser muito muito legal, mesmo que se precise pegar SETE ônibus no total, pra ir e voltar do seu destino;
~> É possível viajar horas em pé num ônibus capenga, superlotado, por uma estrada irregular, com muitas bagagens aos seus pés, e sobreviver pra fazer de novo; 
~> A experiência acima pode ser muito divertida quando todos os envolvidos encaram a situação com bom humor;
~> É possível sobreviver alguns dias sem geladeira, fogão, comida quente, sinal de celular ou internet, mas não sem um banho;
~> A vista da praia vazia, do mar limpo, azul e infinito, cura mágoas. (principalmente se você respirar fundo);
~> Quanto mais cansada você estiver no final do dia, melhor o dia foi (ou a noite);
~> Um par extra de havaianas faz muita falta;
~> Argentinos podem ser pessoas extremamente legais;
~> Ainda existem caras cavalheiros no mundo;
-> Ter um exército de dragões é menos difícil do que parece! (quando eles são feitos de dobradura);
~> É possível criar um idioma totalmente novo partindo de outros três, e manter um diálogo aceitável, mesmo quando os envolvidos na conversa não dominam ao menos um dos idiomas em questão. (gestos ajudam);
~> "Pica" pode ser simplesmente um nipe do baralho; 
~> "Concha" é muito mais que um simples instrumento de cozinha;
~> Espanhol é de fato um idioma interessante;
~> Tenho muita sorte ao jogar Black Jack;
~> Cachorros de rua não gostam de comer salsicha (mas comem, após alguma insistência);
~> As melhores festas são de graça; 
~> Vodka quente com energético tem aparência de xixi velho;
~> Seus pés te levam a praticamente qualquer lugar; 
~> Uma capa de chuva descartável salva vidas;
~> Polenta é comida de gente muito pobre; 
~> Água de coco pode ser boa; 
~> Se um crepe custa mais de 4 reais, tem algo errado; 
~> Entrar de pés descalços num banheiro imundo de bar não te mata;
~> "Boludo" é um xingamento muito conveniente e engraçado;
~> "Brasileñas" são superiores à "boludos";
~> Se você andar pra trás, será uma vítima do lixo;
~> Quando uma onda vai embora, logo vem outra (como tudo na vida que vai... outra vem);
~> Conversar com pessoas chapadas gera argumentos filosóficos que são motivo de reflexão;
~> A praia fica muito legal à noite, com pedras e uma fogueira; 
~> "Só vai" é um bom lema;
~> Andar por um caminho que não se enxerga é estranhamente libertador;
~> Gritar "FELIZANONOVOOOOOOOO" pra estranhos na rua é uma experiência que se deve ter: as respostas vão desde um olhar de desdém à "Valeeeeu aí é nóis!";
~> Dias chuvosos ficam muito mais legais com nega maluca e palavras cruzadas;
~> Lagartixas são animais muito interessantes de se observar, principalmente se tratando dos seus hábitos alimentares;
~> Silêncio é valioso; 
~> Existe sorvete de queijo (e é muito bom!);
~> Máquinas de cartão aparentemente funcionam melhor quando levadas pelos lojistas para o meio da rua, e erguidas para o alto;
~> É mais fácil encontrar suas coisas quando se mora em um único cômodo sem móveis, do que em uma casa de três andares;
~> Dá pra usar chapéu sem parecer um espantalho;
~> Protetor solar te livra de queimaduras, mas deixa sua pele uma merda;
~> Pronunciar "mierda" é muito mais legal que simplesmente "merda", dá mais ênfase; 
~> SC em temporada de férias tem o maior índice de homens bonitos por metro quadrado EVER.