Olá, queridíssimos leitores do meu humilde blog! Hoje venho eu aqui, por meio deste, falar-lhes de sonhos! Sim! Sonhos!!!
- "Mas Eka, tu está falando daqueles deliciosos sonhos de padaria com recheio de doce de leite, chocolate ou creme?"
- Não!
- "Então só pode ser sobre os seus sonhos e projetos de vida.... viajar o mundo, aprender idiomas... ter uma casa ao estilo chalé, em um sítio com espaço suficiente pra criar muitos cachorros grandes... labradores, golden retrievers, são bernardos, terra novas, huskies siberianos e vira latas também! É... só pode ser sobre isso, eu sei que tu adora filosofar."
- Também não!
A verdade é que resolvi falar sobre sonhos comuns, desses que a gente tem durante a noite, e mal lembra quando acorda.
Eu particularmente só lembro dos meus sonhos quando eles são bizarros, porque já acordo falando pra mim mesma: "QUE POHA FOI ESSA?"
Não entendo porque é que meu cérebro fica criando mil histórias mirabolantes enquanto ele deveria estar simplesmente desligado, descansando pra aguentar a rotina do dia seguinte.
Normalmente os sonhos dos quais me lembro, além de bizarros são meio apavorantes de alguma forma. Não apavorante ao estilo filme de terror, nada que dê pra chamar de pesadelo e tal. Mas apavorante no sentido "pé no saco". mesmo.
Já sonhei que todo meu aparelho (ortodôntico) tinha se descolado dos meus dentes e ficado em frangalhos soltos dentro da minha boca enquanto eu dormia. Uma sensação parecida com "mastigar cacos de vidro". Quer dizer, nunca mastiguei cacos de vidro mas deve ser mais ou menos assim. Daí já me imaginei recebendo mil esporros da minha dentista. "Quem mandou devorar um pacote todo de amendoim japonês? Agora vou te cobrar mais 1587465165489 reais pra colar toda essa merda de novo! Bwahahahaha! Olha! Caiu um dente junto!"
Pois é. Eu já sonhei com isso mais de uma vez.
Já sonhei também que tinha dormido de óculos, e o óculos tinha se entortado inteiro. Na verdade eu devo ter realmente dormido de óculos, e o sonho foi uma continuação fantasiosa da realidade.
E aí, no meio sonho eu "acordei" desse cochilo, (não acordei de verdade, acordei na história do sonho), com o óculos todo torto na cara. Levantei cambaleando e olhei praquilo, peguei na mão, falei "Puta merda!", e ainda atordoada comecei a tentar desentortar. Só que quanto mais eu mexia pra arrumar, mais ele se entortava, como um pedaço de arame velho que você tenta moldar como quiser mas nunca fica bom. E então eu entortava mais, e desentortava, e tentava colocar no rosto pra ver se dava pra usar assim, e o foco ficava errado, e ele não parava, e eu ia entrando em pânico. "Fodeu, mano! Vou ficar cega pra sempre sem essa merda! Eu preciso dessa parada! Como vou pra aula sem óculos? Como vou trabalhar? Não dá, não enxergo!"
Até que eu acordei de verdade. E o meu óculos estava ali, intacto e bonitinho ao lado do meu travesseiro. Devo ter tirado do rosto alguns segundos antes de cair em sono profundo, e sonhar essa merda toda.
Além de sonhar com as minhas coisas destruídas, já sonhei também coisas que, teoricamente, jamais aconteceriam de verdade. Todos esses tem, de alguma forma, ligação com a minha realidade em algum ponto. Por exemplo:
Moro em um apartamento, no sexto andar. Quer dizer que, pra alguém poder bater diretamente na minha porta, primeiro tem que passar pelo portão e pela portaria do prédio. Ou seja, nunca ninguém bate na porta sem aviso prévio do interfone, a menos que seja algum vizinho ou o porteiro. Assim sendo, como em qualquer prédio normal, o interfone fica pro lado de fora do portão, na rua. E seguidamente é tocado por pessoas carentes, pedindo dinheiro.
(Aliás, muito já demos dinheiro pra esse povo. Quando não tínhamos dinheiro, dávamos comida. E depois disso, já encontrei toda a comida jogada no chão, espalhada pela rua. Não era pra comer que tu estava querendo o dinheiro, né safadjinho? Mas ok, essa história fica pra uma outra hora.)
Enfim, o sonho. Sonhei que em um dia como outro qualquer, alguns mendigos tocaram o interfone. Já não sendo a primeira vez, e já sabendo a procedência dos cidadãos que queriam me extorquir pra comprar tóxico, não atendi. Nem depois de muita insistência. EIS QUE então, não admitindo terem sido ignorados pelo interfone, os mendigos resolveram ESCALAR O PRÉDIO, e vir bater diretamente na minha janela! "-O dona! Só um trocado! Não vai me dá um trocado não?"
Mano. Os mendigos do meu sonho estavam FAZENDO RAPEL!!! E depois de esmurrar a minha janela eles ainda desciam deslizando pelos parapeitos como se fosse um escorregador de playground infantil. Sim. WHAT THE HELL!
Fora isso, já sonhei que tinha uma anaconda gigante que ia até o teto bem no meio da minha sala de estar, e tentávamos nos livrar dela jogando as únicas coisas que tínhamos por perto: as almofadas do sofá. Muito efetivo, não?
Tiveram outros, mas do "acervo" que me lembro no momento, esses são os mais toscos.
Digam-me que não sou a única a sonhar tamanha estupidez! :P