sábado, 12 de outubro de 2013

Sonhos

     Olá, queridíssimos leitores do meu humilde blog! Hoje venho eu aqui, por meio deste, falar-lhes de sonhos! Sim! Sonhos!!!



     - "Mas Eka, tu está falando daqueles deliciosos sonhos de padaria com recheio de doce de leite, chocolate ou creme?"

     - Não!

     - "Então só pode ser sobre os seus sonhos e projetos de vida.... viajar o mundo, aprender idiomas... ter uma casa ao estilo chalé, em um sítio com espaço suficiente pra criar muitos cachorros grandes... labradores, golden retrievers, são bernardos, terra novas, huskies siberianos e vira latas também! É... só pode ser sobre isso, eu sei que tu adora filosofar."

     - Também não!

     A verdade é que resolvi falar sobre sonhos comuns, desses que a gente tem durante a noite, e mal lembra quando acorda.
     Eu particularmente só lembro dos meus sonhos quando eles são bizarros, porque já acordo falando pra mim mesma: "QUE POHA FOI ESSA?"
Não entendo porque é que meu cérebro fica criando mil histórias mirabolantes enquanto ele deveria estar simplesmente desligado, descansando pra aguentar a rotina do dia seguinte.

     Normalmente os sonhos dos quais me lembro, além de bizarros são meio apavorantes de alguma forma. Não apavorante ao estilo filme de terror, nada que dê pra chamar de pesadelo e tal. Mas apavorante no sentido "pé no saco". mesmo.

     Já sonhei que todo meu aparelho (ortodôntico) tinha se descolado dos meus dentes e ficado em frangalhos soltos dentro da minha boca enquanto eu dormia. Uma sensação parecida com "mastigar cacos de vidro". Quer dizer, nunca mastiguei cacos de vidro mas deve ser mais ou menos assim. Daí já me imaginei recebendo mil esporros da minha dentista. "Quem mandou devorar um pacote todo de amendoim japonês? Agora vou te cobrar mais 1587465165489 reais pra colar toda essa merda de novo! Bwahahahaha! Olha! Caiu um dente junto!"
     Pois é. Eu já sonhei com isso mais de uma vez.

     Já sonhei também que tinha dormido de óculos, e o óculos tinha se entortado inteiro. Na verdade eu devo ter realmente dormido de óculos, e o sonho foi uma continuação fantasiosa da realidade. 
     E aí, no meio sonho eu "acordei" desse cochilo, (não acordei de verdade, acordei na história do sonho), com o óculos todo torto na cara. Levantei cambaleando e olhei praquilo, peguei na mão, falei "Puta merda!", e ainda atordoada comecei a tentar desentortar. Só que quanto mais eu mexia pra arrumar, mais ele se entortava, como um pedaço de arame velho que você tenta moldar como quiser mas nunca fica bom. E então eu entortava mais, e desentortava, e tentava colocar no rosto pra ver se dava pra usar assim, e o foco ficava errado, e ele não parava, e eu ia entrando em pânico. "Fodeu, mano! Vou ficar cega pra sempre sem essa merda! Eu preciso dessa parada! Como vou pra aula sem óculos? Como vou trabalhar? Não dá, não enxergo!"
     Até que eu acordei de verdade. E o meu óculos estava ali, intacto e bonitinho ao lado do meu travesseiro. Devo ter tirado do rosto alguns segundos antes de cair em sono profundo, e sonhar essa merda toda.

     Além de sonhar com as minhas coisas destruídas, já sonhei também coisas que, teoricamente, jamais aconteceriam de verdade. Todos esses tem, de alguma forma, ligação com a minha realidade em algum ponto. Por exemplo:
     Moro em um apartamento, no sexto andar. Quer dizer que, pra alguém poder bater diretamente na minha porta, primeiro tem que passar pelo portão e pela portaria do prédio. Ou seja, nunca ninguém bate na porta sem aviso prévio do interfone, a menos que seja algum vizinho ou o porteiro. Assim sendo, como em qualquer prédio normal, o interfone fica pro lado de fora do portão, na rua. E seguidamente é tocado por pessoas carentes, pedindo dinheiro.
     (Aliás, muito já demos dinheiro pra esse povo. Quando não tínhamos dinheiro, dávamos comida. E depois disso, já encontrei toda a comida jogada no chão, espalhada pela rua. Não era pra comer que tu estava querendo o dinheiro, né safadjinho? Mas ok, essa história fica pra uma outra hora.)
     Enfim, o sonho. Sonhei que em um dia como outro qualquer, alguns mendigos tocaram o interfone. Já não sendo a primeira vez, e já sabendo a procedência dos cidadãos que queriam me extorquir pra comprar tóxico, não atendi. Nem depois de muita insistência. EIS QUE então, não admitindo terem sido ignorados pelo interfone, os mendigos resolveram ESCALAR O PRÉDIO, e vir bater diretamente na minha janela! "-O dona! Só um trocado! Não vai me dá um trocado não?"
     Mano. Os mendigos do meu sonho estavam FAZENDO RAPEL!!! E depois de esmurrar a minha janela eles ainda desciam deslizando pelos parapeitos como se fosse um escorregador de playground infantil. Sim. WHAT THE HELL!

     Fora isso, já sonhei que tinha uma anaconda gigante que ia até o teto bem no meio da minha sala de estar, e tentávamos nos livrar dela jogando as únicas coisas que tínhamos por perto: as almofadas do sofá. Muito efetivo, não?
      Tiveram outros, mas do "acervo" que me lembro no momento, esses são os mais toscos. 
      Digam-me que não sou a única a sonhar tamanha estupidez! :P

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

E a conexão mental?

     Queridos leitores, principalmente os portadores do cromossomo Y, esse é o questionamento que vos deixo. E a conexão mental?
      Deixa eu explicar. (pra variar, sempre tenho que explicar).
      Ando enferrujada nesse lance de ~conhecer um cara novo~ e todos aqueles passos que te levam a pensar em possivelmente se envolver com ele.

     Homens em geral não tem muito critério, né? Não vou dizer que são TODOS, nem usar aquela máxima que diz que "todos os homens são iguais", porque eu sei que não são. Sei que existem diferenças e exceções, mas é difícil encontrar essas exceções, hein? Ser uma exceção é artigo de luxo!

     Acho que os "passos que te levam a pensar em possivelmente se envolver com alguém", na minha cabeça, estão em ordem inversa àquela na cabeça dos caras com os quais tenho ...interagido. 

     Não é possível, o cara mal trocou 5 minutos de conversa, não sabe dos teus gostos, não sabe dos teus planos, não sabe dos teus sonhos, não sabe quanto açúcar tu gosta no teu café, nem quantas colheres de toddy tu bota no teu leite. 
     Não sabe absolutamente nada sobre ti, além do primeiro nome (quando muito se lembra ou sabe escrever ele direito). 
     Mas isso não impede o cara de já querer chegar enfiando a língua na tua epiglote (dando aqui os devidos créditos à minha queridíssima colega de anatomia humana sistêmica, pela maravilhosa descrição). 
     Nãããão. Isso não impede o cara de vir te perguntar no whatsapp qual é a porra da cor da tua calcinha, e outras coisas mais, pra ter material pra tocar uma mais tarde. (tenho cara de xvideos?)
      Não. Isso não impede o cara de querer te buscar no trabalho, de noite, e te levar sei lá pra onde. E quando tu diz que NÃO, isso não impede o cara de ainda ficar de graça. "Tá com medo, linda?" ...na boa. Morra.



     Como assim, cara? E se eu tiver herpes? E se eu tiver alguma doença contagiosa? E se eu tiver bafo? Não tô dizendo que é o caso (porque não é) mas tipo, o cara NEM QUER SABER. 
     
     Sei lá, eu gosto de saber a procedência, saca? Gosto de saber o que se passa na cabeça do cidadão antes de pensar em um possível envolvimento. Saber dos planos, saber dos gostos, saber o que motiva aquela pessoa a acordar todo dia de manhã e ir à luta. Eu preciso disso! Eu preciso sentir que eu CONHEÇO a pessoa, e que tem alguma coisa a ver. Conexão mental!
      Conexão mental é algo muito mais essencial do que peso, altura, se tem barba, se tem grana, se tem carro... pode ter tudo isso, pode ser o Brad Pitt. Se não tiver conexão mental, NÃO ROLA, cara!

     O problema é que os "homens no geral" não querem nem te dar a chance de tentar estabelecer alguma conexão mental. Não até que tenham estabelecido algum tipo de "conexão física", e as vezes nem depois disso. Qualé! Qualé o propósito?
     
      Não tenho absolutamente nada contra a putaria. Sexo, beijo na boca e tudo mais. Muito pelo contrário. Todo mundo gosta de sexo! Isso é óbvio! Mas eu não fui feita pra esse mundo em que se "come" primeiro, e se pergunta depois. Me recuso a acreditar que ALGUÉM foi. Não somos animais. Não somos um pedaço de carne. Temos um cérebro, sabe... seres pensantes!
     Não sei com qual tipo de representante do cromossomo X vocês andaram saindo e se relacionando, pra achar que mulher, mulher de verdade, curte esse tipo de investida sem critério.
     
     Então, meus queridos, aqui fica o meu apelo a você que faz isso e se acha o fodelão. Se você não tá nem aí pra conexão mental e só quer um orifício pra brincar com seu pintinho, ao menos direcione as tuas investidas pro tipinho de mulher que tu tá procurando, e não pra mim. Ou então, se quer tentar algum tipo de aproximação real, se esforce um pouquinho pra sustentar uma conversa decente. Demonstre que se importa com a conexão mental. As vezes faz bem, sabe?