terça-feira, 15 de novembro de 2011

Halloween

Vamo lá, né? Bora recuperar o tempo perdido e desembuchar logo o que diabos ocorreu nesse meio tempo em que o blog ficou inerte. 
Só pra mudar um pouco os ares, por hora vou deixar de lado a saga do aparelho e relatar outras histórias, assim, só pra variar.
O caso do halloween foi o seguinte:
Lá onde eu trabalho (como alguns ja devem saber, sou professora de inglês), resolvemos que teríamos uma festa à fantasia, pra comemorar essa data. Tá, sejamos sinceros, pra fazer um pouco de bagunça e comer porcaria.
Organizamos os mínimos detalhes, caprichamos na decoração do local, distribuímos convites para todos os alunos. Uma semana antes da festa, nos momentos mais inapropriados, podíamos ver o ghostface vagando pelos corredores nos horários de aula, fazendo os alunos mais distraídos terem surtos psicóticos, gritarem, e praticamente cagarem nas calças. Alguns dos meus pequeninos juravam que iam pegá-lo da próxima vez que ele resolvesse aparecer, e imagine você como crianças podem ser violentas: queriam atacá-lo com tacos de sinuca, tesouras, e até mesmo bater nele com seus livros. Admito que foi meio difícil controlar os impulsos assassinos deles e dar sequência a aula durante essa semana!
Além disso, eu tinha um problema pessoal: A fantasia! Não, eu não queria gastar dinheiro alugando uma fantasia, mas também não poderia aparecer numa festa de halloween com a cara limpa, né? Eis que o youtube me salvou, com seus tutoriais gringos de maquiagens assustadoras. Admito que eu meio que me empolguei com esse negócio. Tá, eu tava mais empolgada que as crianças... enfim! Depois de listar o material necessário, saí em busca dos meus apetrechos pra zumbização. É, eu seria um zumbi.
O mais difícil de encontrar foi a tal da "halloween white face", poxa, os gringos dos vídeos do youtube tinham uma coisinha mágica pra pintar o rosto de branco e a pele continuar com uma aparencia sedosa, não de tinta guache... lol ...o problema é que aquilo era um produto específico pra halloween, encontrado em lojas especializadas nesse tipo de material. Como halloween não é o forte aqui no Brasil, tinha eu um empasse. NUNCA que eu iria achar isso pra vender aqui. Até encontrei pra comprar pela internet, mas só o preço do frete ja era mais caro que o do produto em sí. Deixei quieto e resolvi procurar uma "fórmula alternativa de branqueamento facial". Depois de muito andar, acabei descobrindo um negócio chamado "Pintando a Cara", que é meio grudento e tal, mas quebrou um galhão. Enfim, eis o resultado da minha maquiagem zumbi:

Eu disse que tinha me empolgado mais que as crianças. Só que não parou por aí. Aprendi também com o youtube, a fazer "cortes" abertos, usando cola, algodão, plástico e esmalte. E novamente eu me empolguei e me "retalhei" com esses "cortes" espalhados pelo corpo, nas pernas, braços e pescoço. "Cortes" como esse:

E estava feita a minha fantasia. Agora imagine você que naquela tarde que precedeu a festa, ainda haveria aula. E a professora que daria aulas naquela tarde não pode comparecer por motívos de saúde. Agora imagine você quem foi designado para substituí-la. Vestida de zumbi. Pois é.
Como aqueles alunos não eram meus, eu nunca tinha visto eles antes, nem eles a mim. Que primeira impressão maravilhosa, conhecer uma pessoa que está ali pra te ensinar, exatamente no dia em que ela está nesses... trajes. AHUAHUIAHA
Tá, foi no mínimo engraçado. Mas esse não foi o único fato engraçado do dia. Quando o fim da tarde se aproximou, uma colega de trabalho, também com uma maquiagem linda como a minha, informou que teria que buscar seu irmãozinho na escola, implorando por compania pra não andar sozinha na rua naquele estado.
Agora, você também consegue imaginar quem se prontificou a ir junto? Exato! Pagar mico é comigo mesmo!
Resumindo, passamos pelo ponto de ônibus lotado, e as pessoas davam passinhos pra trás pra abrir caminho. Entramos na escola a procura do garotinho, assustando centenas de criancinhas que corriam desesperadamente pelo pátio, ao longo do caminho. Ouvi comentários do tipo "Aaaaaaaaai creeeedo olha a perna dela!" - "O que tu fez na perna?" ..ao que eu respondia coisas como "cortei com uma faca", ou "com um machado cego", ou simplesmente ignorava. Quando encontramos o garoto, ele voltou conosco, escoltado por dois zumbis.
No decorrer da festa, ainda respondi várias vezes pra várias pessoas diferentes que me perguntavam como eu tinha feito aqueles cortes. Pra algumas, relatando o processo passo a passo. Pra outras, falando qualquer coisa sobre um machado cego.
Cozinhamos algo a base de farinha, água, e mais algumas porcarias... que misturadas deveriam ficar com aparencia de vômito, onde seria mergulhado uma chave que daria acesso ao tesouro de uma caça que seria realizada. Sim, eles teriam que meter a mão no "vômito" pra pegar a chave, e olha... tava bem realista. Imagine um bando de pirralhinhas afrescalhadas com nojinho. WIN!
Também fizemos outra brincadeira, onde teríamos que montar uma... mumia. Deixa eu explicar. Separamos o criaredo, os meninos das meninas. Um menino e uma menina se voluntariaram, veja bem, foi escolha deles... para ser a múmia.
Ser a múmia, consistia em ter papel higiênico enrolado por todo o corpo.
Funcionava assim: as "mumias" ficavam paradinhas de frente pra uma fila de meninos/meninas (a mumia menino, na fila de meninos... a mumia menina, na fila de meninas, duh!). Aí demos um rolo de papel higiênico (daqueles rolos industriais enoooormes) pra cada grupo. O objetivo era que o primeiro de cada fila corresse com o rolo até a mumia, desse uma volta de papel, e passasse o rolo para o próximo fazer o mesmo, correndo de volta pro fim da fila. Havia uma professora (eu) ao lado de cada mumia, pra dar assistência à mumificação, e como a pessoa legal que sou, incentivei aqueles meninos a cobrirem o rosto e até os cabelos do pobre garotinho que se candidatou à mumia. Meninos venceram as meninas... e eu tive o prazer de enrolar um mulequinho em papel higiênico. :D
Nos períodos vagos, fiquei comendo porcaria, minhocas e dentaduras de goma, coca cola, pirulitos bruxolitos que deixam a lingua azul. Fiquei também perseguindo criancinhas assustadas, até que um molequinho de uns 7 anos mais ou menos, pegou os olhos decorativos de cima da mesa de guloseimas, e começou a atirar em mim.
E foi basicamente isso! Fiquem com mais umas fotinhos da decoração:


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Olha só quem não morreu!

Sim, mais uma vez eu apareço depois de um século sem postagens pra tirar a poeira disso daqui.
Na verdade já estou a algum tempo matutando assuntos pra falar, e só não o fiz antes por pura, puuuuura preguiça!
A vida vai na mesma, o blog virou um relato do meu sofrimento com o aparelho... não curtiu se prepara que ainda vem mais pela frente...
Também essa que vos escreve ficou um ano mais velha, e comemorou enchendo o pandulão no rodízio de pizza.  O blog também ficou mais velho, completou 3 anos, agora.
Esse post é um post simples de "limpeza", sem muita lenga lenga.
Estava enumerando assuntos que tinha pra falar, e me ocorreu relatar um pouco sobre o enem, talvez... sobre uma festa de halloween com fatos muito inusitados, entre outras coisas que conforme a vontade bater eu vou escrevendo.
Então por hora é isso, quem costumava aparecer por aqui e desistiu porque nunca mais viu post novo, pode acender uma luzinha de esperança no fim do tunel que logo logo vem mais coisa, o blog ainda não morreu! Nem eu! :D

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A Saga do Aparelho - "Mordida Profunda"

Calma calma, não priemos cânico! Esse nome maléfico (e pra alguns um tanto quanto pornográfico) não é nada do que vocês estão pensando! (ou eu acho que estão pensando...)
Mas enfim, vamos continuar de onde paramos:
Logo depois da colocação das bandas, passei alguns dias agoniantes de total dependência da "cera que faz sua bochecha deslizar por cima do ferro sem que este arranque sua pele", até que com o passar dos dias acredito eu que o tal calo na bochecha acabou mesmo se formando, e a banda parou de me rasgar. Menos mal, eu acho. >.>
Até que chegou o dia da colagem dos brakts. Precisa MESMO explicar o que são os brakts? ... ok... são os quadradinhos de metal que são colados nos dentes, por onde passa um fio de "arame" que é preso no mesmo por borrachinhas coloridas. (aquela parte que tu enxerga na boca da pessoa quando ela ri.)
Tudo certo. Só que não fui muito feliz na escolha da cor da borrachinha. Peguei um vermelho escuro que, segundo o meu namorado, fazia parecer que eu tava com "fejõezinhos" colados nos dentes. 
Mas esse ainda não é o foco principal do post. Lembram que eu disse que ia ter que usar um aparelho móvel antes, pra depois poder por o fixo na arcada inferior? Então... ele é chamado "corretor de mordida profunda".
Tá, mas tu não vai explicar que porra é essa afinal? - Você me pergunta.
Tecnicamente simplificando, quando fecho a boca os dentes de baixo ficam escondidos atrás dos dentes de cima. E algo que nunca na vida me incomodou, de repente se tornou um problema que precisava ser corrigido, uma vez que, da forma em que se encontra, torna-se impossível colar os brakts na arcada inferior.
Beleza, e qual a solução pra isso, senhora ortodontista?
"-Ah, é uma plaquinha pequena que tu usa no céu da boca... nem vai te incomodar, é só tirar pra comer!"
O CARALHO QUE NÃO!
Achei um videozinho perfeito (30seg) que exemplifica a ação desse pedaço de plástico no maxilar.

                

E é basicamente isso. É como tentar falar com uma tampinha de garrafa pet entre a lingua e o céu da boca. Tente passar um dia com isso. Tente DORMIR com isso. É.
Eu, falando, era a coisa mais bizarra da eternidade, o que virou motivo de chacota lá em casa. Mais ou menos assim:

Pai: "-MAS FALA DIREITO!"
Eu:  "- EU TXHÔ TXHENTÂNO MAXH NAO DA PRLA FALÁ DIRLEITO COM EXHA MERDHA NHA BOHCA, CAHRALHEO!"
Mãe/Irmão:  AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Eu: "..."

Interessante foi a dentista falando que eu podia tirar pra comer, pra dar uma namoradinha, ou quando eu precisasse fazer uma leitura em voz alta no COLÉGIO. 
Pela segunda vez naquela clínica sou confundida com uma estudante colegial. Na primeira vez a moça não acreditou que eu realmente tivesse 20 anos. "Achei que tu tinha uns 16..". Optei por acreditar que isso é um ponto positivo.
Uma coisa que consola é saber que eu posso tirar essa ...coisa... durante algumas horas no dia, pra trabalhar. É uma desculpa real que veio bem a calhar, uma vez que preciso da minha voz pra isso. Dou aulas de inglês, e a pronúncia com uma "tampa de garrafa pet" na boca não agradaria a aluno nenhum. Ou daria a eles um motivo pra rir. :)

domingo, 31 de julho de 2011

A Saga do Aparelho - Bandas

No dia que seguiu a confecção do kit ortodôntico, retornei à clínica odontológica, passei por um outro estupro bucal... para confeccionar um molde de um aparelho móvel que eu teria que usar preso ao céu da boca. Novamente peças plásticas cheias de massa com um gosto horrível foram-me enfiadas boca adentro sem a menor cerimônia.
Depois disso, finalmente tiraram os separadores (lembra deles?), com o intúito de colocar a banda. Mas o que vem a ser uma "banda"?

A banda é esse anel metálico com dois tubinhos de metal na lateral. Ela envolve o dente, e serve pra prender o ferrinho do aparelho.
A moça simpática da clínica odontológica disse que a banda poderia machucar um pouquinho, por isso me deu uns bastõesinhos de cera com a qual eu deveria fazer uma bolinha e colocar em cima da parte que me cortasse, pra não machucar.
O problema foi o seguinte, a banda não me machucou "um pouquinho", o tubo de metal lateral enganchava na minha bochecha de uma maneira que, ao menor sorriso que eu tentasse esboçar, um pedaço de pele interna da bochecha era arrancado. DOOOOOOOOOOOOOOOOOOOR!
Como conviver com isso? Com quilos da "massinha amiga"... a cera, sabe? Só que cada vez que eu comia alguma coisa, a massinha se descolava do metal e acabava sendo engolida. Delícia! E sem massinha, novamente começava o meu tormento.
Achei muito estranho somente a banda do lado direito me machucar tanto, enquanto a do lado esquerdo estava que era uma beleza! Até achei que poderia ter alguma coisa errada com a banda que machucava e voltei lá na clínica pra averiguar, no que a moça me disse que o "angulo do tubo da banda direita estava um pouco mais inclinado em direção à bochecha, porque aquele dente era mais tortinho, mas que assim que se formasse um ...calinho... no interior da minha boca, ia parar de cortar tanto". É, um calinho... um fucking CALO dentro da boca! Ok então. Pedi pra ela me dar mais alguns bastõesinhos de cera pra eu passar as próximas duas semanas de agonía até a consulta seguinte.

Continua...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Saga do Aparelho - A Panorâmica. (e as crentes).

Então, pessoinhas, dando continuidade à saga...
Logo após sair da dentista com o aval de cáries em mãos, me dirigí ao ...centro radiológico? Sei lá, me dirigi ao local onde eu faria o kit ortodôntico. Entreguei o encaminhamento pra moça da recepção, e fiquei aguardando ser chamada.
Salas de espera de qualquer lugar, pode ser de médico, dentista, de entrevista coletiva de emprego, enfim... esses lugares onde por alguns minutos todos se encontram naquele mesmo ambiente, reunidos para nada mais nada menos que esperar, sempre nos revelam criaturas bizarras. É como uma extensão daquelas "conversas de elevador", só que ao invés de durar apenas alguns segundos, na sala de espera elas se estendem por looongos minutos! Não sei porque, a maioria das pessoas simplesmente não se sente confortável com o silêncio, e sente necessidade de puxar um papinho. Desta vez, porém, se encontravam na sala não uma, nem duas, mas QUATRO crentes. Mas como você sabe que eram crentes? Ora, estavam todas usando saia abaixo do joelho e tinham cabelos que não viam uma tesoura a no mínimo 5 anos. First of all... fiquei meio indignada delas conseguirem usar saia naquele frio! Porque de fato estava frio pra caralho!
Uma delas devia ter no máximo uns 14 anos, a segunda uns 19, a terceira pelo que pude captar era mãe dessa (de uns 19), e a quarta já era uma senhora.
Felizmente não fui solicitada a participar da conversa, mas não pude deixar de ouvir, uma vez que a sala era pequena e a presença delas tomava conta do ambiente. Os flashes de que me lembro, eram coisas a respeito de tarefas domésticas. A menina de uns 19 anos conversando com a senhora sobre qual marca de cera dava mais brilho ao piso. Depois comentando que o marido dela (sim, marido) colocou carpete no apartamento logo antes deles casarem, mas que ela odiava carpete porque juntava montes de cabelo (aqueeeeele cabelo!) e era horrivel de limpar, e que odiava morar num apartamento porque ela queria uma casa, e que odiava quando o marido ia "pro sítio pescar" a 1h da tarde e voltava só as 10 da noite. 
PESCAR, HEIM??? ...OK SIR...
Na hora em que elas discutiam se o marido ia ou não voltar pra casa a tempo de ir ao culto, fui chamada pela moça da recepção pra fazer o meu kit.
Me dirigí a sala do raio x pra fazer primeiramente a panorâmica. Coloquei um colete de chumbo SUPER leve, e me enfiaram debaixo duma maquina que girou ao redor da minha cabeça. Depois mais um aparentemente da lateral do rosto. Tudo ok até aqui.
Depois disso me encaminharam para outra sala, onde tiraram fotos do meu rosto de frente, e de perfil (dos dois lados). E depois tive que deitar na cadeira de dentista, e aí começou o estupro bucal. Peças plásticas foram introduzidas na minha boca com o intúito de separar os lábios da gengiva pra mulher poder tirar fotos dos meus dentes. No total foram 6 fotos.
Quando eu achei que a tortura tinha terminado, ainda tive que morder um pedaço de cera quente, e ficar uns 10 minutos (5 em cima, 5 embaixo) com um outro molde plástico cheio de massa com um gosto horrível dentro da boca, pra tirar um molde da arcada dentária, com o qual seria feito um modelo de gesso.

Isso aqui não é meu, é só uma ilustração, cabeção!


Depois de tudo isso, com a boca dolorida e a cara toda suja de resto de massa, fui liberada. Passei antes no banheiro pra lavar o rosto e enfim sair correndo dali.

Continua...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A Saga do Aparelho - O início.

Não sou a primeira, nem serei a última pessoa no mundo a usar um aparelho ortodôntico. Assim como não sou, de forma alguma, a única a reclamar disso. Mas eu não ligo, afinal, reclamar alivia minhas tensões.
Sei que muitos que vão ler isso usam, ou já usaram aparelho, mas o descrito aqui serão apenas as minhas experiências com este... artefato tão popularizado no mundo moderno.
De qualquer forma... como foi citado no post anterior:
 "Quando eu era criança, a dentista falava pra mamãe não se preocupar, que meus dentes eram tortinhos, mas com o tempo, conforme eu fosse crescendo, eles iriam se arrumar sozinhos. Ok, senhora, aqui estou eu com quase 21 anos, e eles NÃO se arrumaram sozinhos. Let's do something about it."
 E foi isso, basicamente. Um belo dia me vi insatisfeita com a disposição em que meus dentes se encontram e resolvi que queria dar um jeito nisso. Como tudo na vida deve caber no orçamento familiar, lá fui eu procurar por toda e qualquer clínica odontológica e/ou consultório dentário que conseguisse encontrar no guia telefônico. Telefonei pra TODOS que consegui encontrar, o que deve ter dado uma média de uns 50 telefonemas, mais ou menos. E depois de toda essa pesquisa, consegui aliar preço/local/qualidade em um lugar que achei mais propício. Liguei marcando uma avaliação.
Fiz a avaliação, tudo belezinha. Me explicaram quais seriam os procedimentos à seguir. Além do aparelho fixo em sí, ainda precisaria de um outro aparelho móvel, à parte (que eu esqueci o nome agora) pra corrigir um problema em específico, e me permitir por o fixo na arcada inferior, também.

Voltei à clinica alguns dias depois pra assinar um contrato, colocar os separadores, e pegar um encaminhamento pra fazer um "kit" que consiste em uma panorâmica (raio x), fotos e moldes de gesso da arcada dentária. 
Mal sabia eu que aí começaria o meu martírio.



Pra quem nunca viu nem utilizou, os separadores ortodônticos consistem em inocentes anéis de borracha verde (olha a foto aí em cima, cabeção) que são enfiados sem dó entre os seus dentes, pra, como o nome sugere, separá-los.
Imagine que você está com uma catota de caroço de pipoca, ou um pedaço de carne com meio centímetro de espessura, atolado lá atrás (nos dentes de trás, ô imaginação fértil...), e não pode tirar até completar uma semana. Cada refeição se torna uma tortura agoniante, pior que enfiar uma agulha embaixo da unha. Você passa a se alimentar basicamente de purê, sopa, iogurte, polenta, ou qualquer coisa que não exija o uso dos dentes, porque o simples fato de pressionar algo contra eles na tentativa de mastigar, mesmo que seja simplesmente arroz, ja causa uma dor tremenda. Essa fase se torna uma dieta forçada, o que por um lado é bom, mas por outro, nem tanto. Tive que aprender a conviver com isso. Ao menos por uma semana, até poder voltar à clínica pra retirá-los, e colocar as bandas.
Nesse meio tempo, consegui marcar a confecção do kit ortodôntico, e uma consulta em uma dentista conhecida da mamãe, que daria uma espiadinha nos meus dentes à procura de cáries (que não encontrou) di grátis, e me daria por escrito um aval de que estava tudo ok, pra poder seguir tratamento na clínica.

Continua...

sábado, 28 de maio de 2011

Dream it. Wish it. Do it.

Ultimamente as coisas tem sido difíceis, mas a dificuldade quando bem canalizada se transforma em um conbustível que nos impulsiona pra frente, e nos faz agir. Funciona assim: Tá achando a situação uma merda? Se mexe, meu filho, faça algo por sí mesmo... se tu ficar parado a vida passa por cima de ti! Passe você, por cima dela! Ninguém pode fazer isso por você além de você mesmo!
Pois é, com essa idéia em mente, tomei algumas decisões.

Primeiro:
Publicidade e propaganda é um curso de merda. Tô de saco cheio da faculdade, ir pra aula tem sido um saco nos ultimos tempos. E eu nunca fui assim. Sempre fui a nerdzinha aplicada, cdf que tirava notas boas, e gostava de prestar atenção na aula e aprender. E quer saber? Eu gostava de ser assim! E esse curso tá me transformando em algo que eu não sou. Não vejo futuro pra mim, estou cada vez mais desmotivada, não tenho vontade de trabalhar com isso, nem de estudar isso, mais! Solução? Largar logo essa merda, e trocar por um curso decente, que me traga novamente o prazer em aprender!

Segundo:
Se eu quero trocar de curso, preciso fazer um novo vestibular. E se eu quero um curso decente, não vai ser tão fácil. Mas vai prestar pra que? Você me pergunta. Medicina? É... medicina. É um desafio que eu aceitei de bom grado. E eu acredito que eu seja capaz.

Terceiro:
Passar no vestibular pra medicina é só o primeiro passo de uma série de coisas a serem feitas. Porque é absolutamente IMPOSSÍVEL se manter em um curso de medicina, pagando por ele. A menos que você tenha nascido rico, e papai banque tudo pra você, óbvio. Então, após conseguir passar no vestibular, o esquema é conseguir um financiamento pelo FIES, e tocar pra frente! Também vou fazer novamente o ENEM, porém acho difícil conseguir uma bolsa pelo prouni, porque, posso não ter nascido rica, mas também não vivo abaixo dos limites críticos da pobreza, exigência pra se ter uma bolsa integral.

Quarto:
Esse eu já estou fazendo, só pra aproveitar o tempo em que ainda serei obrigada a permanecer no curso de publicidade, porque as inscrissões pro vestibular de medicina só vão abrir no próximo verão. Não posso parar de estudar e simplesmente sentar e esperar abrirem as inscrissões. Além de estudar pra prova, claro, vou continuar estudando as matérias básicas da faculdade, as quais abrangem todos os cursos. Quando eu conseguir finalmente ingressar na medicina, tudo isso será aproveitado.

Quinto:
Emprego. Não dá pra não trabalhar, né. Chega de vadiagem. Pois bem, agora eu sou professora de inglês. Estou começando, ainda tenho poucas turmas, não estou ganhando rios de dinheiro nem nada, mas o caminho é esse.

Sexto:
Mais "futil", mas não menos importante, afinal auto-estima é quase tudo nessa vida, decidi que preciso por aparelho nos meus dentes. Quando eu era criança, a dentista falava pra mamãe não se preocupar, que meus dentes eram tortinhos, mas com o tempo, conforme eu fosse crescendo, eles iriam se arrumar sozinhos. Ok, senhora, aqui estou eu com quase 21 anos, e eles NÃO se arrumaram sozinhos. Let's do something about it.
No momento estou usando separadores ortodônticos, que são uma preparação pra poder encaixar a extrutura do aparelho fixo, e consistem em borrachas entre os dentes. Preciso dizer que eles estão me matando de dor, e consequentemente, estou sendo impedida de mastigar com eficiência pelos meus próprios dentes. Mas ok, é temporário, e vai valer a pena. Guentaí! É bom que eu como menos, e como coisas "pastosas" como banana e iogurte, ou sopas. Quem sabe assim eu emagreço! lol

Sétimo:
Ainda não sei quando, mas eu PRECISO voltar a fazer alguma atividade física. Agora, com meu salário módico de professora, poderei pagar pela academia, sem precisar de paitrocínio. Foda-se se o inverno tá aí! Foda-se se tá frio! Se mexa e se esquente!


Conseguindo tudo isso, já vou estar 100% mais feliz! E depois disso, ainda tem muita coisa que eu quero fazer! Mas aí são planos com prazo indefinido... quase sonhos, mas que eu ainda, algum dia na minha vida, quero fazer.
Quero aprender tantos idiomas quanto eu conseguir processar na minha cabeça. Italiano, alemão, francês...
Quero aprender a tocar instrumentos. Sabe o que eu acho lindo? Harpa. É lindo, ponto.
Quero fazer uma segunda faculdade, depois de me formar em medicina e ter concluído alguma especialização. Psicologia.
Quem sabe até uma terceira! Depois que eu já tiver uma vida estável e puder gastar com coisas frívolas, quero fazer com meu namorado uma faculdade de gastronomia. Porque? Ora, somos gordos, gostamos de cozinhar, e acima de tudo, de comer! \o/
Quero viajar, conhecer tantos lugares quanto eu puder! Sabe aquele monte de idioma que eu quero aprender? Não vai ser em vão!
Quero ter um chalé meio escondido da cidade, em um terreno grande com muita grama, árvores, cachorros, piscina. Onde eu vou ter uma biblioteca com todos os livros que eu já li e gostei, e todos os livros que eu vou precisar pra estudar isso tudo!

Sabe qual a melhor parte disso tudo? Não são "apenas sonhos fantasiosos". Eu tenho o mais especial de tudo isso, que é uma pessoa que eu amo, e que me ama, e compartilha comigo todos estes sonhos, que a gente transformou em objetivos a curto, médio, e loooooooongo prazo! 
Perto de tudo isso, o que são dois estados? Porque é o que nos separa agora... estamos a dois estados de distância física. Mas aqui dentro, somos mais próximos do que qualquer um. Eu acredito.




quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ópera

Em meados de junho ou julho do ano passado, minha sogra tava com umas idéias a respeito de fazer um cruzeiro, e queria saber o que eu e meu namorado achavamos da idéia.
Ainda não conhecia ela, e ela mesmo sem nunca ter me visto, apenas ouvido falar de mim, se mostrou disposta a me convidar pra viajar com eles, num fucking cruzeiro, e ainda pagar tudo pra mim.
A princípio eu acreditei duramente que não ia rolar, principalmente porque eu tava morrendo de vergonha de aceitar um presentão desses, que na minha cabeça eu nem merecia, era algo meio inconcebível pra mim... viajar de navio... ainda mais porque convenhamos, nenhum de nós está nadando em dinheiro... e ela ainda tava querendo pagar tudo, mano!
Aí o tempo passou, a idéia aparentemente fora esquecida... passaram 6 meses... passou natal, passou ano novo, e eu finalmente viajei pra sp pra conhecê-las. Minha sogra e minha cunhada.
Me sentí em casa logo de cara, elas são simplesmente uns amores, não poderiam ter me tratado melhor. Acabei passando lá quase um mês e meio, e voltei pra casa com dor no coração de ter que me separar deles todos. Fui acolhida como parte da família, e é assim que eu me sinto. E sei que é assim que se sentem em relação a mim também.
Como comentei aqui, desde então tenho duas casas... duas famílias... só é uma pena estar uma tão, tão distante da outra.
Março foi chegando e a idéia do cruzeiro voltou a tona, dessa vez já estava quase tudo arranjado, elas já tinham planejado tudo nos mínimos detalhes, não tinha como recusar. Aconteceria em abril. Embarque em Santos, navegaríamos durante a noite toda rumo ao Rio de Janeiro, onde ficariamos atracados durante o dia todo, podendo desembarcar e visitar o que quisesse. No dia seguinte pararíamos em Ubatuba, e no dia seguinte, voltaríamos para Santos. Legal né? Isso sem falar no navio, que era lindo. Um transatlântico de 12 andares, 9 elevadores, 4 restaurantes, 2 piscinas, jacuzzis, pizzaria, piano bar, mini-golf, discoteca, cassino, spa, sauna, academia e mais uma caralhada de coisa que dá pra passar o dia descrevendo. Se quiser detalhes dá uma olhada aqui.

        
Um pequeno 'tour' pela discoteca do navio, filmado por mim.

No Rio, fizemos um tour pelo Cristo Redentor, passando por todas as praias e tirando uma infinidade de fotos. Tudo lindo.
 Os donos das mãos: Minha sogra, minha cunhada, meu namorado e eu. Ao fundo, a base do cristo.

Em Ubatuba, passamos o dia todo na praia, totalmente relaxante. E fizemos tatoos de henna. lol
No navio, bem... a gente comeu. Comeu... comeu MUITO! Se tinha uma coisa que se fazia naquele navio, era comer.
Foram dias que eu nunca havia imaginado viver, e que com certeza valeram muito a pena. Melhor presente ever! Retornamos pra casa (Limeira), e dia 26/04 não deu pra adiar mais e perder tanta aula, tive que voltar pra casa, pro RS.
Cheguei aqui dia 27, ontem, por volta da uma hora da tarde. Logo mais à noite recebemos a notícia de que minha sogra estava no hospital, pois havia sofrido um acidente de moto. E um pouco mais tarde, soube que ela faleceu.
Sabe, acho que ela cumpriu a missão dela aqui, com êxito... não vou entrar em detalhes sobre a vida particular de ninguém, afinal isso aqui é só um blog, mas, o pouco tempo que convivi com ela, foi suficiente pra sentir orgulho dela. Ela me incentivou a fazer muitas coisas, tornou possível muitas coisas pra mim, e se hoje eu tenho um objetivo de vida, em grande parte é graças a ela. Ela fez a parte dela, e plantou a sementinha na gente. Agora é a nossa vez de mostrar a que viemos.
E ela estava feliz, totalmente relax... conseguiu realizar algo que antes parecia um sonho, que foi esse cruzeiro.

Ela e o nosso navio, atracado no porto do RJ. 

Eu havia imaginado um texto muito mais animado pra esse post, contando detalhes da viagem e dos dias maravilhosos que passamos, tanto a bordo do navio como fora dele, mas devido as circunstâncias do momento, não me sinto muito inspirada a escrever um texto bem humorado. Um dia quem sabe, faço outro post relatando tudo, mas por hora é isso.
E onde quer que ela esteja, que saiba que eu sou muito grata. Por tudo.

Manual das Boas Maneiras no Ônibus

Mais uma vez estou de volta ao RS, cabeça cheia de idéias, planos, determinação, e novidades, infelizmente nem todas elas são boas... mas enfim, falo a respeito de tudo em seu devido tempo.
Esse post eu vim planejando na minha mente enquanto estava dentro de um dos tantos ônibus que peguei pra viajar nesse meio tempo, então, antes de tudo, irei escrevê-lo.
Bom... vejamos... um ônibus de Caxias pra SP, um ônibus de SP pra Limeira, um ônibus de Limeira pra Santos (com escalas em Santa Barbara, Jundiaí, Campinas, e devo estar esquecendo alguma outra cidade...)
Aí fomos até o porto de Santos, embarcamos no navio que nos levou até o Rio de Janeiro, e então pra Ubatuba, e finalmente de volta à Santos, onde fizemos essa mesma viagem, inversa. ( de Santos pra Limeira ...com as escalas, mais tarde de Limeira pra SP, e então retornei em mais um ônibus, de SP pra Caxias.)
Enfim, são muitos ônibus! Porém o material pra esse post vem sendo 'recolhido' inconscientemente desde sempre, porque se tem uma coisa que é fato, fato mesmo, é a falta de educação de algumas pessoas enquanto estão nesses 'coletivos de longa distância'.
Mas um fato em especial, foi o que desencadeou todos os outros na minha mente, e me levaram a escrever esse post. Vamos ao fato, então.
Estava eu feliz e contente, pegando o primeiro ônibus de toda essa jornada, alegre, retornando pra minha 'segunda casa'. Distraidamente comecei a mandar um monte de SMS pro meu namorado, comentando que ja tinha embarcado no ônibus, já estava à caminho, e mais umas coisas melosas... quando de repente...
OK, voces merecem ler a cópia original dessas SMS (não as melosas ok), retiradas diretamente da caixa de saída do meu celular:
"Tem um véio na janela do lado OUVINDO MUSICA NO AUTO FALANTE DO CELULAR! Socorro nb, música gospel, eletrônica e SERTANEJA! Puta merda." - 3:20pm, 15/04/2011
Sim, caros leitores. Um senhor de repente deve ter achado o silêncio da viagem monótono demais, e resolveu que seria uma ótima idéia dar uma de DJ do Bus, e compartilhar o seu "excelente" gosto musical com todos os presentes. Não importa se você estava tentando ler, dormir, qualquer coisa! Agora você não iria escutar nem mais os próprios pensamentos, iria escutar as musicas do gosto dele. Segue a mensagem seguinte: 
"Nb, funk. E música de negão. Parece 50cent, só que em português. SOCORRO!" - 3:27pm, 15/04/2011
Notem que passaram-se quase 10 minutos e ele persistia, de boa na lagoa. Depois de mais algum tempo torturante, eis que ele desligou. ALELUIA IRMÃOS, OREMOS! Calmaí que eu não terminei.
Começou a anoitecer, as luzes do ônibus foram desligadas, escurinho, pessoas dormindo (eu inclusive). Eis que aquele senhor acorda e resolve nos agraciar com seu gosto musical mais uma vez:
"Noooes! O véio acordou e começou a ouvir musica no auto-falante de novo NB HELP ME PLEASE! Não sei se mando se foder ou morro de vergonha alheia." - 7:17pm, 15/04/2011
"Porra, não aguento mais ouvir musica de crente! SOMEONE PLEASE KILL HIM!" - 7:31pm, 15/04/2011
Note que, entre uma SMS e outra (no caso dessas ultimas duas), passaram-se cerca de 15 minutos, agraciados pelo som vindo da poltrona do outro lado do corredor.
Um detalhe que preciso frisar, e as SMS não revelam, é que além das musicas ele ouvia também os toques do celular, AQUEEEEEEELES baixados de sites infames da internet, que simulam a voz de uma gostosa falando "amoooooor, atende o celular!", ou um bebê chorando, ou todo tipo de toque ESCROTO que conseguires imaginar. Todo mundo conhece alguns desses. E definitivamente, todo mundo os odeia. (se você usa um toque desses no seu celular, saia já do meu blog. Procure o objeto cortante mais próximo de você e... deixa pra lá.)
Então, caros leitores:
Esse é o senhor que motivou a escrita desse post. Agradeçam a ele!

Enfim, graças a esse fato desencadeante, e a todas as minhas outras experiências nesse ramo dos coletivos, resolvi criar um MANUAL DAS BOAS MANEIRAS NO ÔNIBUS.

Regra número 1:
Se você quer ouvir musica, tenha um fone de ouvido, e use-o! Isso serve também para os 'celular-tv', e qualquer outro objeto que emita algum som que possa ser desagradável aos ouvidos alheios. E se aplica também aos ônibus circulares.. na verdade, se aplica a qualquer lugar público! Se você ouve musica no auto falante em locais públicos, saia já do meu blog, procure o objeto cortante mais próximo e...  [2] ...deixa pra lá.

Regra número 2:
Se houver alguém sentado na poltrona atrás de você, por favor, não recoste o encosto do seu banco até o limite. Os joelhos dessa pessoa agradecem.
Esse é um caso muito frequente, com que me deparo todas as vezes. Uma das vezes o cara da poltrona da frente, além dos meus joelhos, esmagou minha garrafa de água mineral que tava no porta-copos do ônibus. Em uma outra ocasião, tive que cutucar a senhora da frente, que dormia, e pedir que ela levantasse o banco por alguns minutos pra eu poder desembarcar, pois estava impossível sequer se levantar naquela situação.
Eu sei que os ônibus foram projetados pra uma pessoa caber (bem apertada) entre um banco e outro, mesmo com estes reclinados, o negócio é que quando o banco da frente reclina, você se obriga a reclinar o seu também, pra ter um mínimo de espaço, e nessa hora a pessoa atrás de você se fode e se obriga a fazer o mesmo, e assim sucessivamente. Acho que esse é o principal motivo para, quando vou comprar minha passagem, escolher um lugar meio isolado, sem ninguém na frente, ninguém atrás, e ninguém no banco do lado (caso eu esteja viajando sozinha).

Regra número 3:
"Comporte-se", no banheiro do ônibus. Todos nós sabemos que é fedido, que é nojento, anti-higiênico, as vezes não tem papel, sabonete ou água pra lavar as mãos, não tem boa iluminação... enfim, nas suas condições normais de 'banheiro de ônibus', por si só ja é bastante desconfortável, pois além de ser um banheiro público, químico, sem distinção de sexo, ele se mexe, trepida, balança.... mas todos nós algum dia em nossas vidas precisamos, ou precisaremos usá-lo. Então o mínimo que eu peço é 'comporte-se'. Se houver papel, há uma lixeira, deposite o papel usado nela, não no chão, ou na 'pia', ou dentro da privada. Tente, como se sua vida dependesse disso, mijar unica e exclusivamente DENTRO da privada.
"-Mas é tããão difícil, com todo aquele balanço... imagine numa curva então? Desesperador!"
Cara, procure segurar o seu xixi até a hora em que o ônibus fizer uma breve parada... seja num sinal vermelho, num pedágio, num posto de gasolina, num engarrafamento... eles param diveeeersas vezes, você consegue se controlar até a próxima 'parada', tenho certeza. A sim, acione a descarga quando terminar de se aliviar, e feche a porta do banheiro quando sair, pra não contaminar o resto do ônibus com aquele odor característico.
Não vou nem comentar sobre as pessoas que, inconformadas com o mau-cheiro e desconforto habituais desses cubículos, ainda os utilizam para fumar. Como se já não bastasse..... porra.. se você faz isso, saia já do meu blog, procure o objeto cortante mais próximo e...  [3] ...deixa pra lá.

Regra número 4:
Respeite os horários das paradas. Se o motorista falou "15 minutos pra um lanche", você desce do ônibus, faz o que bem entender lá fora, come, fuma, procura um banheiro decente, estica as pernas, não importa! Mas PUTA QUE ME PARIU, volte dentro de 15 minutos! Não são 20... não é meia hora... são FUCKING 15 MINUTES! Todos os presentes estão loucos praquela viagem, que SEMPRE atrasa, terminar o quanto antes... todos estão anciosos pra chegar logo ao seu destino, cansados de ficar inerte em uma poltrona a sei lá quantas horas, então, por favor, não seja você o responsável por aumentar ainda mais esses atrasos.
Presenciei um caso em que, não satisfeito em atrasar todo mundo, o cara simplesmente não voltou pro ônibus, que partiu sem ele... aí ele saiu correndo pela rodovia atrás do ônibus, que foi obrigado a parar mais à frente pro cidadão embarcar. Se tu não tem a porra de um relógio, um celular pra olhar as horas, o que for... PERGUNTA PRA ALGUEM, MANO! Boca você tem, né? Ela não serve só pra comer não, ok?
Se você não respeita a porra do horário, está pouco se fodendo pra isso, e acha que o ônibus tem mais é que te esperar mesmo, afinal "tô pagano", saia já do meu blog, procure o objeto cortante mais próximo e...  [4] ...deixa pra lá.

Regra número 5:
Tá, essa nem é tão grave assim, mas por favor evite largar suas garrafas no chão do ônibus em movimento. Geralmente há um suporte na lateral do banco, ou na parede abaixo da janela, onde você pode depositar sua bebida sem risco dela sair rolando por entre os bancos e batendo nos pés alheios. Na minha viagem mais recente, passei boa parte do tempo vendo, ouvindo, e sentindo bater nos meus pés uma garrafa vazia de 'choko-milk' que ía e voltava, conforme as curvas e inclinações da estrada.

Regra numero 6:
O espaço do bagageiro é limitado, portanto não leve a sua mudança, metade da sua casa, sacolas e mais sacolas de sei lá o que, o seu guarda-roupas inteiro, o seu carregamento de redes pra vender no sul (desculpe, eu não resisti), as suas muambas todas... whatever... não trate o bagageiro como um espaço somente seu, todos nós temos coisas a colocar lá, use o bom senso, pra certas coisas existe o fretamento, caminhões, whatever!

Por hora, acho que é isso... next post coming soon (acho..)
fiquem com uma foto do 'meu cafofo' durante a viagem de ida:

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Causo do Caldo de Cana

Opa! Eai beleza? Então.. eu não esqueci do blog não.. mas confesso que demorei um tanto pra escrever sobre isso... ainda tô relatando causos da viagem à sp que ocorreu em janeiro, sendo que ja é abril e to prestes a voltar pra lá... pois bem, pra quem gosta do que eu escrevo aqui é bom, certamente vou ter mais coisas pra relatar depois... haha
Enfim, vamos ao tema do post. O caldo de cana!
O caldo de cana estava dentro da relação de coisas que eu nunca na vida havia experimentado. Sim, meros mortais, eu nunca tinha tomado caldo de cana na vida. 
Inconformados com isso, assim como vocês devem estar (meu deus, como assim alguém nesse mundo nunca tomou caldo de cana?), estavam meu namorado e um amigo, que resolveram acabar com esse "problema" de vez: Temos que levar essa guria pra tomar caldo de cana o quanto antes!
Desde então, toda vez que saíamos, procurávamos alguma bendita barraquinha de caldo de cana, nos lugares mais prováveis, e nos mais improváveis, sem sucesso. Chegamos a andar horrores, por vários dias, em busca de uma simples e singela barraquinha de caldo de cana. Nada.
Já estava desistindo, essa coisa de caldo de cana não é pra mim, não podem dizer que eu não tentei. Até que uma bela tarde de sol (e que sol), desolados com a nossa busca inutil, contornando a praça em direção ao lar, nos viramos pra atravessar a rua e ... EPA.. OLHA ALI! Tinha um tio com uma caminhonete muito, MUITO velha, moendo cana.. ali.. do ladinho da praça, onde já tinhamos olhado diversas vezes... dessa vez lá estava ele, o caldo de cana!
Nos aproximamos da caminhonete, que estava rodeada de abelhas e pessoas querendo garantir seu copinho. Decidimos que, depois de tanta procura, um simples copinho não iria saciar nossa vontade, então resolvi logo comprar uma garrafa.... dois litros de caldo de cana só pra mim! Mentira, não foi só pra mim.. mas eram dois litros. 8 reais super bem gastos.
A tia tirou de dentro da caminhonete uma garrafa vazia de kuat, a qual o tio encheu com o precioso caldo de cana geladinho! Pedimos pra tia nos ceder 3 copinhos, e fomos procurar um bom lugar pra sentar e apreciar o nosso manjar do canavial!
Optamos por sentar na escadaria da igreja ali perto, e começamos a beber. Um copo... dois copos... 3...caramba, tá saindo caldo de cana até pela minha orelha, não aguento mais beber isso. 
Tampamos a garrafa com o que havia sobrado, e satisfeitos, rumamos de volta à nossa caminhada.
De repente bate uma fome súbita quando percebemos que estamos defronte à um representante da rede de fast food do palhaço! Bora comer? Só se tu pagar. Ah, beleza.. bora? Bora!
Fizemos o nosso pedido, mas só o pãozinho, afinal ainda estávamos munidos do nosso manjar dos canaviais!
Pegamos nossa bandeja, encontramos uma mesa legal pra sentar, e puxamos nossa garrafa de "kuat" de caldo de cana da sacola, pra cima da mesa. Distribuímos os copinhos plásticos entre nós na maior naturalidade, e demos fim à tudo. 
Entre mordidas e risadas, nos obrigamos a registrar o momento, afinal, quem é que já tomou caldo de cana no Mc Donald's? Eu já!

As provas que não me deixam mentir.

A sim, devo ressaltar que, depois de dias e dias sem encontrar uma única barraquinha de caldo de cana em simplesmente lugar nenhum, depois desse dia começaram a brotar mais e mais pontos de venda do manjar dos canaviais em todo canto, puro, com limão, com mel, com gelo.. uma beleza! Agora que eu já tava cheia de caldo de cana até as orelhas eles aparecem, né safadjinhos! Era quase um convite pra repetir o "feito". Quem sabe uma próxima vez... ( ≖‿≖)

quinta-feira, 3 de março de 2011

O Causo do Ônibus

Esse causo começou ainda em Caxias, quando fomos comprar as passagens rumo à São Paulo. O cara do guichê das passagens tinha lá no seu monitor uma imagem do ônibus, indicando as poltronas livres, e as ocupadas. Ônibus de viagem padrão, um andar, banheiro no fundo, uma geladeirinha e tudo mais. Beleza. Compramos nossas passagens para os assentos mais pro fundo, pra não ter que andar o ônibus todo pra pegar um copo d'água, e pra poder viajar mais jogado mesmo. Até aí, tudo tranquilo.
Chegado o dia da viagem, lá estávamos nós, na rodoviária, na plataforma de embarque indicada no bilhete, aguardando nosso ônibus. E ele chegou. Mas não era exatamente o nosso ônibus, era um ônibus de outra empresa, à serviço daquela. Deu pra entender? Resumindo, deve ter dado algum problema com o nosso ônibus e eles mandaram outro pra substituir. Enorme. Dois andares. Parecia o ônibus mais fodasso da história da humanidade. Por fora.
Dois andares? Eu sempre quis andar num ônibus de dois andares, lá em cima, ver tudo do alto e tal, de preferência bem lá na frente pra poder ver a paisagem de camarote! Mas a gente tinha comprado passagens lá pra trás. Ah, tudo bem, ainda assim é lá em cima... divertido.
Colocamos as malas no bagageiro e quando fomos subir, o cara falou: "Não, não.. a poltrona 40 não é lá em cima, é aqui embaixo!."
Aaaaaaaaaaaaaaah.... séééééério? Tá né.. T_T
Nossa poltrona era tão pra trás, mas tão pra trás, que não existia "tão" atrás assim na parte de cima, ficamos naquele compartimento pequenininho, embaixo de todo mundo, separados por uma parede do bagageiro. Ahh, não pode ser tão ruim. O compartimento tinha só 4 pares de poltrona, o frigobar do lado direito, uma TV, e uma improvisação de sala de estar, que consistia em uma mesinha com um sofazinho circular ao redor, do lado de uma janela, e mais um sofazinho do lado da outra janela. OOOOOti, é bonitinho, vaaaai!
Só que aí tem um porém ou dois. A nossa poltrona era aquela, justamente aquela, logo atrás do frigobar. O que quer dizer que não tinha espaço pra esticar as pernas, porque lá estava o frigobar. 
Ohhh... pelo menos vocês nem precisavam levantar pra pegar as bebidas! 
Ele estava vazio. VAZIO! É! Vazio. Tá... não tava totalmente vazio, tinha uma maçã mordida lá dentro. Antes estivesse totalmente vazio, heim?
O outro porém é que o "alojamento de baixo" não possui aquele compartimento pra por a bagagem de mão, que geralmente fica em cima das nossas cabeças em todos os ônibus de viagem. Não tinha lugar NENHUM pra por a bagagem de mão, o teto era baixinho! (PORQUE O NOSSO TETO ERA O CHÃO DO PESSOAL QUE PEGOU OS ASSENTOS DE VERDADE, EM CIMA.) 
Ah... calma.. respira e acaba de contar logo essa budega.
Tá, nossa bagagem de mão eram duas mochilas, grandes, cheeeeeeeias de quinquilharia, notebook, ps2, celular, câmera, carregador do notebook, carregador dos celulares, carregador das pílhas da câmera, todos os cabos e joysticks do ps2, casaco, alguma coisa pra ler, e comida. Garrafinhas de água (thank God, nós levamos, senão morreríamos de sede), red bull, chocolate, biscoito doce, biscoito salgado. Acho que só.
E o que a gente fazia com tudo isso? Colocava dentro do frigobar vazio?
Tá, deu pra fazer isso com as garrafinhas de água e os red bulls, mas e o resto?
Ficou tudo amontoado no pequeno espaço onde deveriam ficar as nossas pernas, que ja era reduzido. A gente viajou com os pés pra cima. Do frigobar. Beleeeeeza, heim?
Mas espere, ainda não terminou! Faltou falar dos nossos companheiros de viagem naquele cubículo da parte de baixo!
Atrás de nós tinha um casal que não fede nem cheira, entrou mudo e saiu calado, enfim, não fizeram nada além de ocupar as poltronas. tranquilo. Do lado deles tinha um ceguinho, viajando sozinho, esparramado em duas poltronas, que não parava de falar no celular nem sequer um minuto. E falava alto! A cada pouco ele soltava uma tipo "Mimimimimimi colocaram a gente pra viajar numa carroça mimimimimimi". Cara, ele tinha duas poltronas e um espação pra esticar as pernas só pra ele. E tava reclamando. Sacanagem.
Do nosso lado, mais uma figura peculiar. Um baiano, que não parava de falar, repetindo toda hora que tava voltando pra Bahia, e ia ter que viajar 4 dias e 4 noites! Aí ele começou a contar pra quem quisesse ouvir, que ele era um piadista, cover do Tiririca. OK. Como se não bastasse, ele "animou" ainda mais a viagem, cantarolando clássicos do ídolo, tais como "Forentina". E contando piadas em típico baianês, que só ele entendia, e só ele mesmo ria.
Nosso último parceiro de confinamento no pseudo-bagageiro, era um negão IGUAL o Snoop Dogg. Até o chapéuzinho, tudo! Com os ultimos dois a gente até bateu um papo durante uma das paradas que o ônibus fez. 
Perdí a conta de por quantos pedágios a gente passou, parei de contar no 32°. A viagem durou em média umas 16 horas, nas ultimas o banheiro do ônibus estava imundo, e mesmo assim me obriguei a usá-lo pra fazer uma 'troca', porque como se não bastasse, eu estava menstruada. Eu sei, detalhe sórdido desnecessário, mas só pra aumentar um pouco o desconforto, como se já não fosse grande o bastante.
 E porque é que vocês não se levantaram das poltronas desconfortáveis e foram se sentar naquele sofazinho circular que tu comentou mais cedo? - você me pergunta.
Ora, porque o baiano ficava toda hora migrando de um sofá pro outro, acho que se desse ele tinha pendurado uma rede ali! Aí o Snoop Dogg se esparramou pra poltrona que seria dele. Baiano enfim dormiu no sofazinho circular. Sobrou o outro ainda, pequeninho. A gente até tentou sentar nele, mas além de pequeno era duro. O único ponto positivo de ficar ali é que se tinha uma vista minuscula da estrada lá na frente, pela janelinha da porta da cabine do motorista.
E foi isso, sobreviví, e mesmo com tanto transtorno, posso dizer que sem sombra de dúvida, valeu a pena!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O Causo da Hippie da Praça

Pois bem então, como prometido... vou dar início ao que pretendo que seja uma lista contando alguns causos que ocorreram nesse meio tempo. Vou começar por esse bastante peculiar, que ocorreu em uma das primeiras semanas em SP.
Certo dia, por volta das 18.. 17hs... cansados de ficar em casa o dia todo, no calor que se encontrava, resolvemos sair pra dar uma volta. Não iríamos muito longe, apenas numa sorveteria logo alí, do lado da pracinha. Estávamos em 3.
Chegamos à sorveteria, pegamos nosso delicioso cascão e fomos saboreá-lo num dos bancos da praça. Só que quando terminamos de comer o sorvete, ainda não estávamos muito afim de voltar pra casa, e como todo bom gordo, resolvemos andar até o mercado que fica a algumas quadras dalí, e ver se comprávamos alguma coisa. Comentei que nunca tinha comido pringles, amigo nosso comprou uma pringles, que nós não iríamos comer no seco, ao que compramos mais 2l de coca, que nos induziu a comprar um vinho pra misturar, que nos levou à ala de bebidas alcoólicas, que nos induziu a comprar uma... baianinha, porque era barata e era sabor côco. (ou cocô... era uma bosta, no fim das contas.)
Trocadilhos imbecís à parte, pegamos as compras e tomamos o rumo de casa. Casa? Passamos novamente pela pracinha no caminho, olhamos praquelas mesinhas... tão convidativas! Resolvemos ficar por alí mesmo. Arrumamos uma mesinha estratégicamente posicionada embaixo de uma árvore, próximo a um poste, e começamos a nos deliciar com a nossa batatinha, e nossa coca. Nessa hora a gente percebeu que não tinha um saca-rolhas por perto pra abrir o vinho. Como agir? Ah.. bebe a coca, oras... leva o vinho pra casa que depois a gente vê.
Nisso, se aproximaram da praça um grupo de hippies vendedores de colar de semente, brinco de pena, e demais apetrechos que a maioria deles vende. O grupo era composto de uma mulher miudinha, um homem, um moleque e um cachorro. Sentaram-se em uma das mesinhas da praça, a uns 10 metros da nossa. Alguns minutos depois, a mulher se aproximou de nós com a sua 'tela de trabalhos', perguntando se a gente se interessava, se queria levar algum. Falamos que estávamos sem dinheiro e tal, aí ela sentou e começou a conversar, falar de coisas como "a força interior", falou que eu tinha uma luz, e muitas coisas mais que nem me lembro. Aí ela olhou pro nosso vinho, ao que a gente disse que não tinha como abrir. Ela perguntou se podia abrir pra nós. Beleza, abre aí, MacGyver! Aí ela puxou um alicate do meio dos dreads, catou a garrafa e cravou ele na rolha.
"-Ces querem que ponha a rolha pra dentro ou pra fora?" 
"-Ah... de preferência pra fora né..."
"-Então ce segura aqui, torce e puxa, que eu não tenho força."
Beleza. Não deu muito certo, a rolha acabou entrando e ficou boiando no vinho lá dentro da garrafa. Dos males o menor, ao menos a garrafa estava aberta!
Aí ela pegou a garrafa e deu uma golada generosa antes de nos devolver. Confesso que fiquei com nojinho de tomar aquele vinho depois.
Ela continuou papeando, contando histórias da vida dela, perguntou nossos nomes, e disse que se chamava Indra. Aí perguntou nossas idades, e se empolgou dizendo: "Olha só! É da idade do meu filho mais novo!" Ao que ela se virou pra trás, em direção à mesa que os outros hippies ainda ocupavam, e gritou: "ARCO-ÍRIS, MEU AMOR! VEM CÁ!"
Hã? Que? Cuma? Arco-Íris? ...aí o moleque da outra mesa se levantou e veio se sentar ao lado da mamãe Indra, que estava empolgada com o fato das idades aparentemente baterem. 
A gente até perguntou "Ei cara, como é teu nome?" ...moleque abaixou a cabeça ao responder "Arco-Íris."
Então ela começou a falar de todos os outros... perdi a conta de quantos filhos eram, mas o mais velho tinha em torno de 25 anos. Aí ela disse que era fértil pra gêmeos, que já teve quadrigêmeos... e a idade dela mesma, uma hora disse que era 47, depois 50, depois 38... no fim das contas não faço a mínima idéia. Aí resolvemos perguntar do pai, se ela tinha um marido. Ah... eles todos tinham pais diferentes... ela disse que não tinha um marido, mas que atualmente estava namorando o cara que estava acompanhando eles, chamado Isaías. Que aliás era da idade do filho mais velho dela. Aí ela chamou o cara, que veio com o cachorrinho no colo, que na realidade era uma cadela, a Pérola, e estava enoooooooorme de gorda, prenha, prestes a ganhar os filhotinhos. Conversa vai, conversa vem, ela puxou um celular e começou a nos mostrar fotos dela e das pessoas com quem ela interagia pela rua. Algumas ela pulava falando que "Essa é íntima!". Não que a gente quisesse ver, assim... ela tinha o suvaco peludo, imagina o resto. Ew... tá bom... não precisa imaginar.
Em certo ponto um grupo de jovens "mlkt 100% bmx mlk é nóis" passou pela praça em direção à rua de cima, ao que ela berrou: "-Ô, CUZINHO DE APERTAR LINGUIÇA! QUER LEVAR UM TRABALHO MEU?" ...os caras meio que fugiram. Porque será né? Tão simpática ela!
Só sei que no meio do papo ela retomou o assunto da força interior, perguntando qual era a nossa força e tal e coisa.. nisso acabaram com nosso vinho, e já que a baianinha era uma bosta a gente deixou pra eles também. Até a garrafa. Isaías falou que ia cortar ela pra fazer um narguilé. Boa sorte tentando.. lol
Lindo foi quando ela encarnou no meu namorado ao ver que ele carregava um violão, que por sinal estava só com 5 cordas. Me perguntou se podia dar um abraço nele, aí começou a insistir pra gente deixar ela tocar um reggae no violão. "-Não não.. é de estimação.. eu não deixo ninguém tocar!" ...ahaaaaaaanm... era só pra ela não pegar mesmo. No fim das contas ela ganhou pela insistência, mas nem tocava nada não. LOL
Ah sim, ela também quis tirar uma foto usando a touca dele, que aliás é minha, e deve ter ficado toda fedida e cheia de piolho dos dreads dela.
Depois disso ela pegou de novo o seu 'mural de trabalhos' e pediu pra eu escolher um brinco. Escolhi uma borboleta sem par, e ela me deu. For free! E perguntou se eu gostava mais de coração, flor ou estrela. Falei "estrela", ela foi catar um anel de cobre retorcido pra me dar. Diz ela que é uma estrela... beleza né!
Esqueci de comentar que ela disse ser dona de uma fazenda em Machu Picchu, e outra na Bolívia, e outra em sei lá mais aonde.
Quando a gente quis levantar, ir embora... já tinha dado umas moedas pra ela e tal... ela veio nos abraçar pra se despedir, falando que queria encontrar a gente de novo, que iria estar na cidade por mais dois dias na praça pros lados da rodoviária junto com os outros hippies. Nesse ponto já tava me chamando de 'irmã', falando que eu tinha um futuro muito feliz no meu destino, e mais umas viagens. Aí ela catou do bolso do Arco-Íris o punhado de moedas que demos pra ela mais cedo, e atirou longe, falando que não queria nosso dinheiro, só queria a nossa amizade (e o nosso vinho... e a baianinha...), e que eles não eram pessoas apegadas a bens materiais. E foi isso! Voltamos pra casa rindo e com uma história pra lembrar... 
Agora toda vez que vejo um arco-íris, penso "Opa! O Arco-Íris tá na praça!".. lol

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

De Volta pra Minha Terra...

Nãããããão, não tem nada a ver com aquele programa do SBT... HAUIHAUIA
Mas de fato, estou de volta ao RS, embora metade de mim tenha permanecido em São Paulo.
Foram sem a menor sombra de dúvida os dias mais... mais.... felizes, animados, sei lá, só sei que já tava chorando de saudade antes mesmo de comprar a passagem de volta.
Ganhei uma família nova, uma casa nova, duas cachorras... ahuahuiahuia.... digo isso porque tenho tanto carinho por estes que levo dentro de mim como se fossem meus. Deixei lá metade do meu coração, mas trouxe comigo ainda mais motivação pra fazer tudo dar certo. E até isso acontecer, meu tempo e minha mente estão divididos entre dois estados, duas cidades, duas famílias.
Eu não sou a primeira, nem vou ser a ultima pessoa do mundo a namorar à distância, e quem já passou por isso sabe como a saudade dói, como o reencontro parece ser o dia mais feliz da sua vida, e como as despedidas são tristes e dolorosas. E como cada dia que se passa ao lado de quem se ama é importante, e vai ser recordado com carinho durante o período da saudade. 
Como eu disse, não sou a primeira nem a ultima pessoa a passar por isso, mas sou uma das poucas que vai levar até o fim, que vai fazer dar certo. Afinal não estou lutando por isso sozinha.
Enfim, esse é só um preview sobre esse tempo que estive fora. Durante esses dias, ocorreram vários "causos" que pretendo separar em posts próprios, tipo o causo do caldo de cana no mc donalds, e outros mais que vou postando conforme for lembrando, for tendo tempo, ou vontade de escrever, belê?