Como todo mundo bem deve saber, ou ao menos deveria, eu tenho pavor de boate lotada, empurra empurra e tuntz tunz, certo? Porém isso acaba me fazendo passar por antipática e anti-social perto de todas as minhas amigas, ou a maioria esmagadora delas. Uma vez eu me importava com isso, not anymore. De uns tempos pra cá, meu pensamento tinha mudado pra "eu quero mais é que se foda, não gosto, não vou!". Mas resolvi rever meus conceitos, outra vez. Extremos, 8 ou 80, não são bons. Tudo bem, eu vou continuar não gostando de gente me empurrando enquanto eu tento desesperadamente encontrar ar puro no meio da fumaça de tantos cigarros, principalmente se estou com gente com quem não faço tanta questão assim da companhia. Porém, abrir exceções, as vezes, pra quem merece, pode até ser bom. Ou não. lol
O caso é o seguinte, em meio à "maioria esmagadora de amigas que querem me arrastar pra esses lugares", tem aquelas com quem eu me importo bastante, e aquelas com quem eu não me importo tanto assim, porque eu sei que, pelo menos ao que me parece, estão pouco se fodendo pra mim também. Então pensei cá com meus botões... eu não preciso me submeter a certas coisas que me trazem mais stress do que qualquer vestígio de diversão, por gente que não faria o mesmo por mim. Eis que aparece a excessão!
Uma amiga... amiga... dessas, com quem eu me importo bastante, estava... digamos que "sofrendo as consequências" do meu "foda-se mental" pra todo e qualquer tipo de envolvimento com esse tipo de estabelecimento. O que quer dizer que, apesar de gostar da companhia dela, sempre que me ligava ou me chamava pra algo, eu recusava sair, por causa do lugar e da musica ruim. Até que um belo dia eu me toquei que eu não estava sendo nem um pouco legal me importando apenas com o lugar, e não com a pessoa. Sabe quando tu sente que algum amigo tá precisando de ti e parece que tu demora pra perceber isso? As vezes tu percebe em tempo... as vezes não... mas, detalhes a respeito da vida pessoal alheia à parte, conversamos, e entramos num acordo. Eu não gosto de tutz tutz. Tu não gosta de rock. Mas somos amigas e queremos sair pra tomar umas cervejas e conversar, como a tempos não fazemos. Como agir? Eis que o acordo foi, um fim de semana pra cada gosto! Eu vou contigo pro tutz tutz, mas tu vai comigo pro bar de rock depois! Yeah! Isso aí! Resolvido, vamos sair! :3
O tutz tutz...:
Pois bem. Primeiro foi a vez do tutz tutz. Pensei... ok, ok... pra ficar aturável ouvir aquela musica repetitiva a noite inteira, eu tenho que estar muito bêbada. Foi com esse pensamento que eu saí de casa. Aliás, antes de sair de casa ainda, eu já estava tomando umas caipirinhas... porque bebida nesse tipo de lugar é caro, e eu não to em condições de sair torrando o pouco que tenho assim. Saí de casa meio... alegrinha. Fomos pra uma boate que costumava lotar, mas que agora aparentemente está meio falida, porque recentemente abriu nas proximidades dela uma concorrente que parece atrair bem mais os tutztutzfreaks, e estava com uma fila até a metade da quadra, enquanto a que nós fomos estava.... respirável? Com bastante circulação de ar? Leia-se vazia. Tá, tinha gente... mas não o suficiente pra me obrigar a entrar no empurra empurra. Ponto pra mim. Convercei, dei umas risadas... o unico empecilho agora era a musica, mas isso logo mais não estava me incomodando... depois de mais caipirinha, duas doses de tequila gold, filadas de cerveja e whiskey com energético alheios.... aí, meu filho, eu já estava mucho locaaaa... pirando na batata. Ah, e tava agradecendo por ter corrimões em volta da pista pra eu ter onde segurar. A teeeeempos eu não ficava tão bebada. Resultado? Cheguei em casa, falei umas besteiras, tomei um banho precário e do jeito que caí na cama eu dormi, e amanheci na mesma posição. Levantei ainda tropeçando. Fodi com meu estômago. Passei o domingo inteiro achando que iria colocar pra fora qualquer coisa que eu tentasse comer, e implorando por um chá de boldo. Jurei pra mim mesma que nunca mais beberia, não desse jeito.
And now, the revenge!
O rock bar...:
Já começou melhor.... poder substituir o incômodo salto pelo meu all star surrado. Gastar menos. Ouvir musicas legais. Ter um lugarzinho macio pra sentar, tomar umas cervas e rir da nossa própria cara a respeito do ocorrido no fim de semana anterior. Publico completamente diferente, sem gente fresca a vista (isso se tu não estiver se referindo aos casais gays) lol
Gente estranha, gente vestida a carater. Tinha até uma "Merilin Monroe"! Tinha show... a banda tocava bem, as musicas eram legais... ou ao menos a maioria delas. Teve até treta de amiga de amiga com pseudo namorado que antes de levantar e ir embora sozinho, ao menos nos pagou umas long necks. Não me perguntem o que ocorreu de fato, eu tava mais interessada em ver o show do que em ver briga de casal. Resumindo, ao menos pra mim foi beeeeeeeeeem mais tranquilo, bem mais interessante, rendeu mais em termos de conversa, e ainda gastei bem menos dinheiro que eu já não tinha. Win or what?
Resumo da história, não é porque tu e teus amigos curtem coisas diferentes, são completamente o oposto um do outro quando se diz respeito ao "bom gosto" de cada um, que tu tem que deixar de sair e se divertir com eles! Não precisa ser sempre, mas excessões de vez em quando não matam ninguém, e tornam a convivência mais legal, né? :P
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