sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Reflexões...

Esse vai ser um post diferente. É só sobre uma reflexão que já me ocorreu diversas vezes, ja foi deixada de lado, e hoje me ocorreu novamente, e senti vontade de escrever sobre isso. Apenas escrever algumas palavras aleatóriamente conforme me vem a mente.
Então é isso que vai rolar, só uma reflexão.
Cara, eu adoro aprender coisas. Mesmo. Adoro estudar, adoro ir pra aula. É algo que faço com prazer, entender como as coisas funcionam, aprender como fazer outras coisas, acho tudo muito interessante. 
Acabei de chegar do cursinho, assisti uma aula de física, e como todos já devem saber, eu sou uma negação em exatas. Mas aprender é interessante, entender as teorias, não só de física, de tudo. Bem, enquanto tomava meu banho quente antes de dormir comecei a refletir sobre o quanto eu gosto de estudar. Me sinto útil, esperta. Por mim passaria a vida fazendo cursos e mais cursos, de tudo quanto é tipo, só pelo prazer do aprendizado, pra agregar coisas a minha mente.
Porém, eu queria muito, muito mesmo, poder aprender sem ter a obrigação de aprender, sabe?
Ir pra aula e fazer aquilo porque me agrada, me interessa, não por pressão de que eu PRECISO saber tudo aquilo pra poder responder algumas questões depois. Eu não funciono sob pressão. Quando eu PRECISO aprender algo, porque desse aprendizado vai depender algo grandioso, por exemplo uma nota decisiva, uma vaga numa universidade publica, em outra cidade, que vai virar minha vida de cabeça pra baixo, sei lá... o meu futuro, eu travo.
Até hoje na minha vida, as coisas foram acontecendo na sua devida hora. Por exemplo, os dois empregos que eu já tive... bem, eu não procurei por eles. Eles aconteceram!
E todas as vezes que eu procurei desesperadamente por um trabalho, porque me sentia na obrigação de parar de ser um peso morto e me colocar em ação, não conseguia nada e me decepcionava.
Eu nunca pensei que um dia seria professora de inglês.
Pra falar bem a verdade, nos tempos de escola eu era uma PÉSSIMA aluna de inglês, odiava a matéria, odiava o idioma, aquilo não fazia sentido nenhum pra mim.
No meu primeiro emprego, surgiram situações em que eu precisei do inglês, precisava me comunicar com uns gringos e não conseguia. E tinha que pedir ajuda pra uma pessoa que eu considerava estupida, pra falar com os gringos. Tinha que depender de um estupido pra fazer por mim algo que eu não conseguia fazer. Isso me fazia sentir mais estupida ainda. E eu não gostei nada dessa situação.
Isso ficou guardado dentro de mim.
O tempo passou, saí daquele emprego (por outras razões não relacionadas ao comentado acima).
Fiquei um booooooooom tempo desempregada, e nesse meio tempo eu fiquei meio deprimida, procurava emprego e não achava, e me sentia na obrigação de achar, como já falei.
Nos periodos em que eu me decepcionava com a busca sem resultados e desistia, e me fechava em casa, eu ficava fazendo coisas que envolviam basicamente ficar no computador. Aliás foi numa dessas que surgiu esse blog, como uma tentativa de me ocupar e rir de tudo aquilo pra não me deprimir mais ainda.
Mas nessa de "ficar no computador", eu ouvia musicas, assistia seriados, e coisas as quais depois de um tempo só encontrei disponivel pra download com legenda em inglês. Conversava em um canal de irc tambem, onde tinham uns gringos, e aquele bichinho revoltado do "não entender" e me sentir estupida por isso voltou a me atiçar.
Daí então eu pensei: Eu não odeio inglês, eu odeio é não conseguir entender o que as pessoas falam! Não entender as musicas que gosto, as coisas que assisto! Odeio depender de uma pessoa estupida pra conversar com outra pessoa, porque eu não entendo a língua dela! Se até aquele estupido entende, porque não eu? Poxa.. eu sempre fui tão inteligente, qual é a dessa fossa?
Daí eu botei na cabeça que precisava aprender inglês. procurei por um bom curso, me matriculei e comecei a me dedicar exclusivamente as aulas, já que eu tava desempregada e fazendo nada da minha vida, tinha muuuuito tempo livre. Decidi me ocupar, o que matou dois coelhos, a ociosidade e o "bichinho revoltado".
O resultado disso é que não parei de estudar inglês até hoje! 
Depois que eu já tinha um bom grau de conhecimento, me dediquei tanto àquilo que fui incentivada por uma professora minha a começar a dar aulas também. Fiz uma prova, fui chamada... comecei a dar aulas.
E hoje eu simplesmente adoro o que eu faço.
E tudo partiu de mim, naturalmente, e quando eu comecei a estudar, fiz aquilo por mim. Fiz aquilo sem obrigação, mas porque eu queria. Queria aprender. sentia necessidade de entender. E hoje se tornou minha profissão, mas foi apenas uma consequência, como eu disse, NUNCA havia passado pela minha cabeça que um dia eu ganharia dinheiro com isso.

Eu só queria que a escolha pra um curso na faculdade fosse assim, sem pressão. 
Queria estudar porque gosto, porque quero aprender, sem a obrigação de um dia, no futuro, ter que arrumar uma forma de viver disso. Sem a pressão e a obrigação de ter que ganhar dinheiro e me sustentar com o fruto da minha escolha de hoje. Não quero parar de estudar. Só quero relaxar enquanto estudo, e que as coisas acontecessem como sempre foram... naturalmente.

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